“Usamos a nuvem que foi possível usar”, rebate o presidente da Procergs
Reativado nesta segunda-feira, 27/05, o data center da Procergs, empresa pública de TI do Estado do Rio Grande do Sul, gastou cerca de R$ 10 milhões para voltar a funcionar, revelou ao Jornal do Comércio, o presidente da empresa pública, Luiz Fernando Záchia. Foi necessário fazer a substituição de cabos, nobreaks e instalações elétricas, entre outros. Ao final, só de cabos foram jogados fora quase 13 toneladas, estragados pela chuva. O cabeamento também teve que ser jogado fora.
Questionado do porquê de os dados do Estado não estarem na nuvem, Záchia disse que foi feito ‘o que era possível diante da situação”. Segundo ele, “no momento que a CEEE Equatorial desliga a luz da região, nós desligamos o data center, senão nós perderíamos todos os dados. Até aquele momento, estávamos subindo tudo para a nuvem, mas são muitos dados e não se consegue fazer isso em uma, duas horas. Nós já estávamos fazendo isso desde a véspera, mas não imaginávamos que fosse acontecer aquilo que aconteceu no Menino Deus, com água acima de dois metros”.
O presidente da Procergs lembra que a empresa trabalha com mais de 900 sistemas, e muitos, com grande volume diário de dados, como o Detran. “Eles têm mudança de dados diárias: registro de veículos, multas, IPVA, isso vai sendo alimentando todo dia. Eu tenho somente um canal para nuvem, aí eu tenho que ir botando no dia a dia”, adiciona.
Záchia exaltou os funcionários da Procergs lembrando que muitos viraram 24 horas trabalhando para fazer o data center voltar a funcionar. “Fizemos uma remontagem de uma empresa e não é uma tarefa fácil”, pontua o executivo. Apesar do alagamento, a Procergs não pensa em deixar o bairro de Menino Deus.
“Não há necessidade, temos agora que fazer adequações físicas, por exemplo, preservar essas partes elétricas para que não fiquem sujeitas a novamente acontecer isso. Tem que deixar em condições para o caso de acontecer algo semelhante não se tenha uma interferência. O prédio é muito bom, vamos fazer adequações, talvez fazer um anexo para botar o data center, enfim, agora vamos com calma olhar, planejar e discutir isso”, completou.
