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São Paulo ficou para trás e corre com a transformação digital

São Paulo ficou para trás na transformação digital em função dos seus sistemas legados e uso de linguagens antigas, admitiu o diretor-presidente do Prodesp, Gileno Barreto, em entrevista ao CDCast, durante o SECOP 2024, realizado nos dias 08 e 09 de agosto, no Rio de Janeiro, pela ABEPTIC, e organizado pela Network Eventos. Barreto não teve dúvida ao afirmar que o maior órgão público do Estado, o Detran, ainda é analógico, apesar de administrar 35 milhões de automóveis e 27 milhões de CNHs.

“Nossa prioridade zero é a transformação do Detran. Ele é a principal janela de contato do governo com o cidadão. E o Detran não é digital”, observa Gileno Barreto. Ações já estão em curso e a ideia é acelerar bastante o processo até 2026. Outro projeto é de ajudar ao governo na reforma administrativa. São 600 mil servidores ativos e 500 mil inativos no Estado.

“Muito precisa mudar também. Apenas com o recadastramento, que não é combate à fraude, conseguimos uma economia de R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos. Esse montante, repito, não veio do combate à fraude, mas apenas de tratar o descontrole”, pontua o presidente da Prodesp. Gileno Barreto sabe que tudo que é relativo ao Estado de São Paulo é superlativo.

Um exemplo: São Paulo tem 10 mil escolas e cinco milhões de aluno, número maior que a população de 23 estados da nação. “Não atendo a essa população apenas com pessoas. Temos de usar ferramentas e serviços digitais. E não é só na Educação. Na saúde também. Sem a interoperabilidade dos dados não temos um sistema integrado e ágil de atendimento. A transformação digital radical é urgente para melhorar os serviços ao cidadão e para melhorar o ambiente de negócios”, observa.

Com 30 anos de vida profissional, Gileno Barreto diz que inteligência artificial não é moda, que veio para ficar, mas ainda é muito cara e precisa fazer sentido ao negócio. O executivo é taxativo: ‘a IA exige que ser resolva primeiro a burrice natural. Se faz urgente a adaptação a uma gestão moderna para se ter IA. A tecnologia tem de dar assertividade. Não é uma brincadeira, ela é bem cara”, destaca. Barreto fala ainda sobre a falta de bons encarregados de dados e da retenção de talentos numa prod. Assista a entrevista com o diretor-presidente da Prodesp, Gileno Barreto.


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