Os trabalhadores do Serpro preparam uma greve nacional a partir de 27 de agosto. Brasília, São Paulo e Recife aprovaram o movimento em assembleias na segunda, 19/8, e outras regionais votam o tema nesta terça, 20/8.
Segundo os sindicatos nos três estados já em estado de greve, a decisão foi consequência do impasse nas negociações com a direção do Serpro, após quatro reuniões.
A pauta de reivindicações passa por reajuste salarial, do ticket alimentação e da participação da empresa no plano de saúde. Os servidores também querem retomar a discussão sobre o regime de teletrabalho e, em especial, garantir a continuidade do adicional por tempo de serviço.
“Dessa pauta de reivindicação, a empresa não atendeu praticamente nada e botou uma proposta de reajuste mais baixa, não atende nenhuma das nossas cláusulas. O pior de tudo é o adicional por tempo de serviço, porque isso vai criar três tipos de trabalhadores na empresa, os com ATS, com quinquênio e os sem nada”, diz o secretário geral do Sindpd-DF, Milton Pantuzzo.
As tratativas começaram em março, dois meses antes da data-base de maio. Os servidores querem reposição da inflação pelo INPC e 5% de ganho real. O Serpro oferece IPCA (3,23%) e 1% de ganho real, portanto um aumento de 4,23% – a incidir também sobre os auxílios alimentação, creche e filho deficiente.
Os trabalhadores querem 20% de aumento no auxílio alimentação. Também querem que a participação da empresa no plano de saúde suba dos atuais 34% para 70%, como permite a norma das estatais (CGPAR 52/24).
Além disso, querem negociar o regime de teletrabalho e incluir no acordo coletivo. E finalmente, buscam recuperar o adicional por tempo de serviço.