Telecom

MegaTelecom: V.tal muda o jogo ao comprar a carteira de clientes da Oi

Chegou o momento de as empresas de Internet entenderem que usar redes de terceiros é uma opção de negócio concreta, afirma o CEO da Megatelecom, Carlos Eduardo Sedeh. Segundo ele, ter uma rede própria de fibra óptica já foi um ativo diferencial, mas, hoje, não é mais. Perdeu vez para um relacionamento mais próximo com o cliente. 

“A maior parte das empresas de internet ainda pensa em voz e dados. No nosso caso, nós somos uma empresa de TI. A fibra já foi um ativo relevante para fusões e aquisições. Hoje ter rede própria não é mais o diferencial. O relacionamento com os clientes sim faz a diferença”, aponta Sedeh, que participou do Telco Transformation Latam, realizado nos dias 21 e 22 de agosto, no Rio de Janeiro.

Indagado sobre o impacto da aquisição pela V.tal da carteira de clientes da Oi, Sedeh diz que a compra muda o jogo e a V.tal terá de ser muito transparente para não impactar a sua relação com os provedores Internet, seus clientes finais. “Tenho convicção que a V.tal tem em mente ser uma rede neutra. Foi criada para isso. A V.tal não pode correr o risco de concorrer com os seus clientes”, assinala.

O CEO da Megatelecom diz que o mercado de internet está desafiador por conta da crise econômica; da competição feroz entre os provedores e com o crédito escasso. “O Brasil não é um Brasil único. Eu ainda confio na resiliência dos bandeirantes regionais da internet para virar o jogo”, sustenta.

Sobre o 5G, Sedeh diz que ele não existe sem fibra óptica, que é a prova do futuro. “A fibra vai ficar por muitos anos. Ela vai abastecer o 5G para a criação de novos serviços”. Assista a entrevista com Carlos Eduardo Sedeh.


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