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Analistas de TI do governo federal entram em “operação padrão” para forçar negociação

Votação unânime em assembleia dos 412 ATIs aprovou duas semanas de protesto

Os analistas de tecnologia da informação do governo federal decidiram, em assembleia, iniciar uma “operação padrão” a partir da quarta, 30/10, como forma de protestar e abrir uma negociação com o Ministério da Gestão.

“No dia do servidor público, a categoria deliberou, de forma unânime, iniciar uma operação padrão, a partir de 30/10, por duas semanas. A associação mandou um ofício informando e solicitando uma agenda urgente com a ministra, com o secretário de Relações de Trabalho, com o secretário de Governo Digital para resolver essa situação, esse impasse, essa injustiça e essa falta de isonomia no processo de reestruturação das carreiras”, explica o presidente da Associação Nacional dos Analistas de TI, Thiago Aquino.

queixa dos servidores é de que outras carreiras, como Funai, Agência Nacional de Mineração e os Analistas de Infraestrutura, obtiveram aditivos aos acordos firmados no ano passado, mas os ATIs e ATPS, não tiveram o mesmo sucesso. A reivindicação é pela equiparação dos salários igualmente a categoria AIEs, como entendem prometido na reestruturação de 2023. A categoria conta 412 analistas federais de TI e está disposta ter a nova tabela somente em 2026.

No ofício, os ATIs sugerem “ajustar gradualmente a remuneração dos ATIs aos níveis praticados para os AIEs, conforme estabelecido em 2024, com execução a partir de 2026. Esse modelo minimiza o impacto orçamentário e preserva o compromisso fiscal de 2025, promovendo uma transição responsável e economicamente viável. Para isso, sugere-se que essa alteração seja contemplada no Projeto de Lei em andamento neste ministério através de um termo aditivo para os ATIs, mantendo a isonomia no processo, de modo a viabilizar tempestiva resolução”.

Ainda segundo o documento encaminhado à ministra Esther Dweck, “o impacto de uma operação padrão pode trazer sérias consequências para a continuidade e a eficiência dos serviços públicos, especialmente em áreas críticas que dependem de suporte digital ininterrupto”.


Segundo os ATIs, “a continuidade desse quadro ameaça não apenas o cumprimento de metas do Governo Digital, mas também a economia de bilhões em custos operacionais para o Estado e sociedade”.

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