À espera do decreto presidencial para operacionalizar e implementar o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial, anunciado em julho pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o coordenador geral de tecnologias digitais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Guilherme Corrêa, disse que o Brasil precisa vencer a burocracia para avançar de forma mais efetiva. Ele lembra que o decreto era esperado para 60 a 90 dias depois do anúncio.
“Nós sabemos que é preciso vencer várias etapas para usarmos o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), são várias passagens em consultorias jurídicas, em processos que precisamos reduzir. Em tecnologia, o timing é tudo. E não podemos levar de seis meses a um ano para conseguir usar uma verba”, observa Corrêa, em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o Dell Fórum, que acontece nesta quarta-feira, 30/10, em São Paulo.
Segundo ele, uma das medidas para reduzir a burocracia é o aumento da equipe de servidores do MCTI, que vai acontecer em função do concurso público, recém-realizado. “Teremos mais servidores e isso vai ajudar bastante”, reforça. Ao participar de coletiva de imprensa, Corrêa lembrou que, em 2024, os recursos do FNDCT giraram em torno de R$ 12 bilhões e para 2025, a expectativa é que chegue a R$ 20 bilhões. Assista a entrevista com Guilherme Corrêa, do MCTI.