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Cazé TV: Taxa de rede para internet cria barreira prejudicial ao consumidor

“A Cazé TV é exemplo emblemático do que deu certo porque não tinha obstáculo”, diz o VP da LiveMode, Marcos Borges

O ambiente aberto da internet brasileira é o que permite o surgimento de propostas inovadoras, como foi o caso da CazéTV. Assim defendeu Marcos Borges, vice presidente da LiveMode, a empresa de mídia parceira na CazéTV, ao discutir o setor durante o Internet Summit – Conectividade e Inclusão para o Futuro Digital.

Promovido pela Aliança pela Internet Aberta, que reúne big techs, pequenos provedores e usuários de diversos portes, o seminário focou na proposta de criação de uma taxa de rede, que as grandes operadoras de telecomunicações querem impor a provedores de conteúdo online.

“O modelo que existe hoje deu certo. Qualquer mudança nesse modelo cria um risco sistêmico, pode criar barreira para novos entrantes. A Cazé TV é um exemplo emblemático, porque foi criada de forma circunstancial, para atender uma demanda, e que deu certo porque não tinha nenhum obstáculo, nenhuma barreira de entrada. E o modelo perdurou”, contou Borges.

“Quando se cria alguma barreira de entrada, seja com tarifa, seja com mudança na regulação para acabar com a neutralidade de rede, acaba criando obstáculos para novos entrantes. Isso significa criar restrição no mercado, que vai afetar o consumidor. É um efeito dominó”, disse o representante da LiveMode.

A possibilidade de criar um novo canal se refletiu em alcançar, via internet, uma população que não conhecia grandes eventos, como foi o caso das Olimpíadas. “Apuramos que 40% da audiência assistiu a Olimpíada pela primeira vez pela CazéTV. Para um país deste tamanho, com essa população, e um conteúdo nobre como Olimpíada, é curioso que uma parcela relevante da população só então teve acesso a esse conteúdo.”


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