A Inteligência Artificial está mudando a TI e, claro, também transforma a arquitetura de rede. “A automação é uma realidade”, pontua o diretor de Engenharia da Cisco Brasil, Reinier Souza. Em entrevista ao Convergência Digital, o executivo lembra que o mais importante é se perguntar: o que a sua empresa quer fazer com a IA? Qual é o problema que se quer resolver? Assim é possível vislumbrar o que se quer, de fato, com a inteligência artificial.
Souza menciona que a Netflix levou três anos e meio para chegar a 1 milhão de downloads; o Instagram levou dois meses e meio e o ChatGPT levou apenas cinco dias. “Essa velocidade mostra que a IA mexe diretamente para o cliente final. E as empresas querem melhorar o atendimento ao seu cliente para manter o seu negócio”, ressalta.
No caso da Cisco, a estratégia de IA foi muito bem definida: a tecnologia foi integrada aos serviços de rede. “Nós estamos inseridos nas empresas na rede, no Wi-Fi, no datacenter, na infraestrutura de segurança, na infraestrutura de videoconferência. Nós também produzimos muitos dados e para trabalhar e correlacionar essas informações a Cisco comprou a Splunk por 27 bilhões de dólares”, reforça o diretor de Engenharia.
Para o executivo, as empresas que tiverem um propósito claro do que querem com a IA vão sair na frente. “Se eu pudesse dar um conselho, diria, que automatize tudo que puder. Não deixe de usar uma ferramenta por receio. IA é um grande processamento de dados. A Inteligência natural ainda está nas pessoas”, salienta.
Souza diz que os gestores precisam se perguntar como usar a IA para ser mais competitivo. “Proibir não faz o menor sentido, mas é bom lembrar que 27% das empresas no mundo proibiram o uso da IA. Mas proibir é um erro. A IA assusta, desafia, mas traz muita produtividade e competitividade”. Assista a entrevista com o diretor de Engenharia da Cisco, Reinier Souza.
