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Top 2 no mundo: Netflix instala 1 mil servidores no Brasil e ataca taxa de rede

“Temos milhares de CDNs para que usuário dos 27 estados apertem o play e o streaming comece imediatamente”, diz Thomas Volmer

O chefe global para políticas de distribuição de conteúdo da Netflix, Thomas Volmer, revelou que o Brasil concentra mais de 1 mil servidores CDN da empresa – é o segundo país em número de assinantes, com cerca de 15 milhões de clientes.

Maior plataforma de streaming no mundo, a Netflix demonstrou clara preocupação com a proposta das operadoras de telecomunicações brasileiras de adotarem uma cobrança adicional de empresas que geram muito conteúdo.

“Essa proposta seria danosa. Para nós é existencial que haja uma internet, uma conexão, sem barreiras. A ideia de uma taxa de rede é realmente ruim e baseada em premissas equivocadas, em uma noção que o crescimento do tráfego de internet é algo ruim. Não é, não é nenhum tipo de fardo. É uma oportunidade. É o que cria a demanda por redes e conectividades”, afirmou o executivo da Netflix.

Ele participou do Internet Summit: Conectividade e Inclusão para o Futuro Digital, promovido pela Aliança pela Internet Aberta, entidade que reúne big techs, pequenos provedores e usuários, na semana passada, em Brasília. Segundo Volmer, o Brasil é exemplo de como o modelo de interconexão, com suporte do IX.br, funciona bem.

“O Brasil é um exemplo no qual funciona muito bem. São milhares de conexões se intercomunicando por CDNs, incluído a Netflix, nós temos mais de 1 mil servidores armazenando e distribuindo nosso conteúdo. Então quando usuários da Netflix no Brasil de todos os 27 estados apertam o botão play o streaming começa a tocar imediatamente”, disse em entrevista à Convergência Digital


“A taxa de rede resultaria em uma queda de investimentos. Queda de investimentos em tecnologia e também em conteúdo. E o que você quer é que a Netflix seja permitida e outras empresas também de melhorar os seus serviços. E as operadoras melhorarem as suas redes. Isso é o que uma internet aberta possibilita. Afinal, conteúdo é a razão pela qual as pessoas compram banda larga de internet.”

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