A defesa cibernética do Brasil ainda aguarda a definição política sobre a criação de uma agência nacional especializada no tema, como proposto pelo Gabinete de Segurança Institucional.
Um avanço no tema tem data prevista. No próximo 4 de dezembro, o Comitê Nacional de Cibersegurança vai deliberar sobre a proposta, já pronta, para uma Estratégia Nacional de Segurança Cibernética. Segundo
“Na próxima reunião, vai ser dia 4 de dezembro, já está pronto o relatório, a proposta de estratégia que vai ser votada pelos representantes, o grupo de trabalho já finalizou esse processo”, revelou o secretário de Segurança da Informação e Cibernética do GSI, André Luiz Molina.
Segundo ele, a Estratégia vai abordar governança, tema que inclui a criação de uma agência nacional e está sendo avaliada no âmbito do CNCiber.
“Essa estratégia é focada na proteção do cidadão e da sociedade, no aprimoramento da segurança e resiliência de serviços essenciais e de infraestruturas críticas, uma forte cooperação e integração de todos os setores da sociedade, setor público e privado, os poderes da República, a gente fala também da soberania nacional e de governança da segurança. E todas essas áreas focais têm um forte emprego de educação e conscientização. Há uma grande preocupação que a educação seja promovida desde as escolas e em todos os setores”, disse.
Nesta terça, 26/11, o GSI fez uma apresentação sobre a reestruturação da pasta, iniciada em 2023. E as respectivas áreas temáticas foram destrinchadas por seus secretários. À frente da segurança da informação e cibernética, Molina ressaltou que o Brasil tem avançado em acordos internacionais relacionados aos temas.
Até aqui, o Brasil tem oito memorandos de entendimento já firmados com outros países – três em 2024, com Uruguai, Japão e Chile – para capacitação e troca de informações sobre ameaças cibernéticas.
“Outros países nos mandam, por exemplo, informações sobre credenciais brasileiras vazadas na dark web. Recebemos e redistribuímos aos órgãos vítimas desses processos”, explicou o secretário.
“Nossa política é diferenciada, focada no cidadão, na cooperação, na proteção dos mais vulneráveis. O comitê nacional de segurança é composto de 26 representantes, sendo 16 de governo e 9 da sociedade, sendo 3 da sociedade civil organizada, 3 instituições acadêmicas e 3 representantes do setor empresarial. O GSI preside esse comitê, com o secretário executivo como presidente, eu como o suplente. E os instrumentos dessa política são a estratégia nacional de segurança e o plano nacional de segurança”, disse o secretário de segurança da informação e cibernética.