Aos 30 anos no Brasil, recém-completados no mês de agosto, a Cisco se orgulha de ser a empresa responsável pelo primeiro backbone IP do país, mas tem um mantra a seguir: ser o fornecedor da conectividade segura e o grande parceiro dos clientes em novas tecnologias como Inteligência Artificial e Cibersergurança.
À CDTV, do portal Convergência Digital, o presidente da Cisco Brasil, Ricardo Mucci, ao ser indagado se o caminhar da Cisco para o software, significa o abandono do hardware e das soluções de networking, não titubeou: a Cisco é e será sempre a maior empresa de networking do mundo.
“Nós nunca deixaremos de fazer investimentos massivos na infraestrutura. Até porque não haverá Inteligência Artificial sem infraestrutura de conectividade, não dá para falar de cloud computing sem infraestrutura de conectividade. E o nosso desafio não é apenas dar a conectividade, mas garantir que ela é segura. A Cisco anunciou investimento de 1 bilhão de dólares para aperfeiçoar a sua capacidade de IA e isso passa por software e hardware”, sustenta.
O que vem por aí
Mucci elenca os planos da Cisco em hardware falando de uma parceria exclusiva com a NVIDIA para a produção de servidores para rodar aplicações de IA LLM (modelos de linguagem de dados). Segundo o executivo, não é uma parceria para usar GPUs, mas para criar uma arquitetura robusta para os clientes. “Parte das aplicações de IA vai para a nuvem, mas também se tem a necessidade de ter essa infraestrutura dentro de casa”, observa.
“Hoje 51% do que vendemos no Brasil é manufaturado aqui. É o uso da tecnologia aqui”, exalta o presidente da Cisco Brasil. O futuro, já determinado, é ser o número 1 em infraestrutura de suporte de carga de IA, cibersegurança e observabilidade. “Somos atacantes no negócio de IA”, destaca.
Magia da tecnologia
O programa mais longevo de responsabilidade social da Cisco está no Brasil há 25 anos. O Cisco Network Academy já formou mais de 820 mil pessoas no país. O futuro está sendo escrito com a oferta de cursos para atrair jovens em áreas como cibersegurança e inteligência artificial.
“Lançamos a primeira academia fluvial do mundo em parceria com o Senac para levar cursos e conectividade para o Amazonas. O barco é um birô de educação, mas também de conectividade para as comunidades ribeirinhas”, relata Mucci. O executivo fala também do Brasil Digital Inclusivo, que há quatro anos conta com mais de 40 iniciativas de aceleração digital no país. (veja a entrevista com Rodrigo Uchoa, líder do programa Brasil Digital e Inclusivo).
O Brasil está na vanguarda da tecnologia, mas há barreiras para serem superadas quando se pensa em inovação e na atração de investimentos. E sofre, como qualquer outro país do mundo, com a falta de mão-de-obra especializada. Mucci é um entusiasta da formação técnica, até porque ele mesmo, se classifica como ‘um filho da Paula Souza’, escola técnica de São Paulo e uma parceira do Cisco Network Academy. “Temos de atrair os jovens de 14, 15 anos, para que eles entendam a magia da tecnologia”, adianta.
Há três anos à frente da Cisco Brasil, Mucci comemora a conquista do primeiro lugar em todas as categorias como a melhor empresa para trabalhar no Brasil. Segundo ele, essa é uma conquista de toda a empresa, que saiu do 6º lugar, foi para a 3ª posição, e agora, para a primeira colocação no Great Place to Work. “Isso nos enche de orgulho. Nós cuidamos das pessoas, sem deixar de olhar os números. O desafio é manter a primeira colocação”, brinca. Assista a entrevista com o presidente da Cisco Brasil, Ricardo Mucci.
