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A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro realiza um mapeamento da oferta clandestina de serviços de telecomunicações, especialmente provimento de conexão internet, e quer ajuda da Anatel para impedir o funcionamento dessas empresas, que seriam controladas por facções criminosas e milícias no Rio.
“A Secretaria de Segurança Pública está fazendo um levantamento de todas as empresas que prestam esse tipo de serviço, com o objetivo de mapear a área de atuação de cada uma delas. A análise já está em fase final de apuração e, após o Carnaval, haverá reunião com a Anatel para discutir o assunto e adotar as medidas necessárias”, diz a SSP-RJ, em nota a esta Convergência Digital.
De acordo com informações da SSP-RJ, seriam empresas pequenas, que atuam em diferentes áreas a depender de qual facção criminosa domina cada região e que estariam movimentando milhões de reais em receitas com os serviços. Nesse entendimento, os serviços deveriam ser bloqueados, daí a procura por ajuda da agência reguladora.
A encrenca se soma à impossibilidade de atuação das empresas legítimas, inclusive as grandes, em determinadas áreas por falta de segurança.
Segundo a Conexis, sindicato nacional das operadoras, “em alguns estados o problema do roubo e vandalismo de cabos, geradores, baterias, entre outros equipamentos, se soma ao bloqueio de acesso das equipes das prestadoras para a manutenção de seus equipamentos, usados para a prestação do serviço. As operadoras ficam sem acesso aos equipamentos e impedidas de dar a manutenção necessária à prestação do serviço”.
A entidade diz que o setor de telecomunicações defende uma ação coordenada de segurança pública envolvendo o Judiciário, o Legislativo e o Executivo, tanto o federal, quanto os estaduais e municipais, e a aprovação de projetos de lei no Congresso Nacional que aumentem a punição para esses crimes e ajudem a combater essas ações criminosas.