Brasil sobe quatro posições e é 58º no Ranking Mundial de Competitividade
Investimento estrangeiro, emprego, energias renováveis, subsídios e empreendedorismo foram os destaques

O Brasil escalou quatro posições no Ranking Mundial de Competitividade de 2025, alcançando a 58ª colocação entre 69 países analisados. Este é o melhor desempenho do país desde 2021, superando a 62ª posição registrada no ano passado. A melhora, conforme o Anuário de Competitividade do IMD, em parceria com o Núcleo de Inovação, IA e Tecnologias Digitais da Fundação Dom Cabral (FDC), reflete avanços em áreas como desempenho econômico e eficiência empresarial.
A Suíça assumiu a liderança global em 2025, seguida por Singapura (2º) e Hong Kong (3º). Dinamarca (4º) e Emirados Árabes Unidos (5º) completam o top 5. No outro extremo da lista, Venezuela (69º), Namíbia (68º) e Nigéria (67º) figuram entre as últimas posições, enfrentando desafios como instabilidade institucional e infraestrutura precária. O anuário destaca a forte presença de países da Ásia e Europa nas primeiras colocações, resultado de estratégias de longo prazo em educação, inovação e governança.
Apesar da recente melhora, a década para o Brasil foi marcada por oscilações em posições mais baixas no ranking. Após seu pior desempenho em 2024, impulsionado por desafios em infraestrutura, produtividade, ambiente regulatório e governança, o avanço para a 58ª posição em 2025 é atribuído a uma leve recuperação na performance econômica.
O relatório aponta destaques positivos para o Brasil em 2025, como o fluxo de investimento direto estrangeiro (5º), o crescimento de longo prazo do emprego (7º), os subsídios governamentais (6º), o total de atividade empreendedora (8º) e o uso de energias renováveis (5º).
No entanto, o estudo da Fundação Dom Cabral ressalta que o Brasil ainda precisa superar pontos de atenção cruciais para consolidar sua competitividade global, notadamente: Custo de Capital e Dívida Corporativa, Educação e Habilidades Linguísticas, Mão de Obra Qualificada e Produtividade, Abertura Econômica e Inserção Internacional, e em Ambiente Regulatório.
O Ranking Mundial de Competitividade do IMD, que analisa 69 países e considera 336 indicadores em quatro fatores principais – desempenho econômico, eficiência governamental, eficiência empresarial e infraestrutura –, serve como um importante direcionador de políticas públicas. O avanço do Brasil para a 58ª posição em 2025 representa uma oportunidade. O país deve focar em ações e políticas públicas coordenadas e eficazes para construir uma base robusta que garanta uma competitividade duradoura no cenário global, espelhando as estratégias de longo prazo dos países líderes.