
Com múltiplas rotas terrestres e fluviais de fibra óptica e acesso a diferentes cabos submarinos, o Amazonas caminha para se consolidar como um novo hub estratégico de conectividade no país. A avaliação é do diretor-presidente da empresa de TI do Amazonas – Prodam – e vice-presidente do Conselho da Abep-TIC, Lincoln Nunes da Silva, que apresentou durante o Secop 2025 um panorama dos projetos que integram a rede digital da região e a conectam ao Brasil e ao mundo.
Segundo ele, iniciativas como o Amazônia Conectada, que lança fibras ópticas pelo leito de rios amazônicos, além de ligações terrestres, como o gasoduto Coari-Manaus e por fronteiras com Colômbia e Guiana Inglesa estão criando alternativas para escoamento de tráfego de dados. “Podemos ter a primeira saída pelo Pacífico, via Colômbia, e uma rota por Georgetown, na Guiana, alcançando cabos que hoje não estão na malha nacional. Somadas às ligações com Belém, Amapá, Suriname, África, EUA e Europa, essas conexões tornam o Amazonas um hub alternativo para o Brasil”, afirmou.
A expansão não tem impacto apenas na infraestrutura. Lincoln destacou que a chegada da conectividade pode transformar economias locais, citando o caso de Novo Airão, município que registrou crescimento de 15% no PIB em oito meses após receber conexão de alta capacidade.
Além do papel como nó de interconexão nacional e internacional, o Amazonas também quer compartilhar tecnologia e inteligência com outros estados. A Prodam, beneficiada por incentivos da Zona Franca, tem fornecido soluções como o sistema Apoena, desenvolvido para a Controladoria-Geral do Estado, que usa inteligência artificial para agilizar a análise de processos. “Não é venda, é entrega como serviço. Reduzimos custos operacionais e garantimos legalidade e descarte seguro ao final da vida útil dos equipamentos”, explicou. Assista a entrevista com Lincoln Nunes, da Prodam.