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Para a Dell, transformação digital dá novo status aos PCs

As estações de trabalho como as conhecemos hoje tendem a não permanecer as mesmas nos próximos anos. A mudança será impulsionada tanto como consequência da transformação digital pela qual as empresas vão passar, como pela chegada das novas gerações ao mercado. Como frisou o diretor de marketing da Dell Technologies, Jeremy Burton, o trabalho não deve ser um lugar, mas algo que você tem de fazer, independentemente do local.

Em sua apresentação, Michael Dell ressaltou que a companhia pensou os novos equipamentos para a nova era digital e para atender à nova realidade. Durante o Dell EMC World 2017, realizado em Las Vegas (EUA) nesta semana, a Dell Technologies também anunciou uma mudança no conceito de propriedade dos computadores: o PC como serviço. A solução apresentada pela Dell Technologies combina hardware, software e serviços fim a fim, incluindo implantação, gerenciamento, segurança e suporte, mediante a um pagamento mensal por estação de trabalho.

A Dell Technologies defende que o modelo proporciona redução de custos de gerenciamento de TI e acesso mais fácil e rápido  a tecnologias mais novas.  Ao divulgar o novo modelo de negócio, a Dell Technologies citou dados de uma recente pesquisa da IDC, segundo a qual 40% dos respondentes afirmaram estar usando ou pretender usar nos próximos 12 meses PC como serviço (PCaaS, na sigla em inglês).

No Brasil, de acordo com Luis Gonçalves, presidente da unidade brasileira da Dell EMC Commercial, a empresa tem mantido a liderança no mercado de PCs e está atenta às mudanças de comportamento de compra do mercado corporativo. “Antes o cliente trocava de máquina a cada três anos, mas estendeu para quatro anos e quer atendimento para as máquinas”, disse, acrescentando que a Dell percebeu esta tendência e que também os clientes estão muito mais preocupados com serviços segurança.

Gonçalves chamou a atenção para o fato de os clientes brasileiros ainda não terem nem a maturidade de estruturar a segurança, nem soluções integradas — o que abre espaço para soluções que agrupam todas as necessidades de uma estação de trabalho.  No País, a oferta de PC como serviço é conhecida como ponto informatizado e faz parte do portfólio de fornecedores como Telefônica e Stefanini. A Dell EMC, assegurou o executivo, não quer competir com essas companhias, mas firmar (ou expandir) parceria.  “Não vamos atravessar os parceiros, mas não queremos deixar de participar do mercado, porque não temos oferta”, explicou.


Ao comentar o mercado mundial de PCs, Luis Gonçalves lembrou que as vendas pararam de cair, o que é um indicativo de estabilidade. “Foram cerca 260 milhões de unidades no mundo, mas já chegou a ser 400 milhões. De qualquer maneira, 260 milhões é muito sob qualquer perspectiva. E hoje estamos vendo uma consolidação de fabricantes”, destacou.  

A jornalista viajou aos Estados Unidos a convite da Dell EMC.
 

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