Dois anos depois, MCTIC retoma programa Startup Brasil, com R$ 9,7 milhões
Lançado em 2012, mas sem recursos em 2015 e 2016, foi reanimado a partir desta quinta, 10/8, o programa Startup Brasil, do Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Com orçamento de R$ 9,7 milhões – e a expectativa de quadruplicar esse valor com dinheiro privado – já estão abertas as inscrições na chamada pública do programa, que pretende estimular 50 projetos ao longo de 2018.
“Conseguimos os recursos pelo mérito do programa. Além disso, para cada recurso que o governo está colocando, o setor privado coloca três. Nesse fator de aceleração conseguimos mostrar resultado para não paralisar um projeto que dá certo”, revelou o secretário de Políticas de Informática, Maximiliano Martinhão. Da parte do governo, cada projeto poderá levar até R$ 200 mil.
Será a quinta turma de startups incentivadas. Até aqui, em dois ciclos de aceleração, entre 2013 e 2015, foram apoiadas 183 startups, de 17 estados e 13 países. “Até o momento, o MCTIC aportou R$ 34,7 milhões a projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação de startups de tecnologia da informação. A iniciativa alavancou aproximadamente R$ 103 milhões em investimentos privados e gerou mais de 1.200 empregos diretos”, diz o MCTIC.
A Chamada Pública já está aberta e pode ser conferida na página do CNPq. As inscrições começam neste mesmo 10/8 e vão até 25/9. A expectativa é de que as startups selecionadas sejam divulgadas definitivamente em 30/11. A partir de então, as empresas devem firmar, até janeiro do ano que vem, os contratos com as aceleradoras, para a contrapartida privada. Os aportes públicos estão previstos para começarem em fevereiro de 2018.
Segundo a chamada, podem participar empresas com até quatro anos de constituição que desenvolvam software, hardware e serviços de tecnologias da informação ou ainda que se proponham a utilizar software, hardware e/ou serviços de TI como elementos do seu esforço de inovação. O apoio será efetuado por meio da concessão de bolsas de fomento ao desenvolvimento tecnológico de acordo com as necessidades relativas às atividades apontadas por cada projeto.
Segundo Martinhão, paralelamente foram ajustados outros programas de startups dentro do governo, para evitar sobreposições. “Importante foi a articulação no governo. Uma ideia que precisa de apoio? Tem iniciativa dentro do MDIC. Já tenho iniciativa rodando, preciso acelerar. Vem para o Startup Brasil. Já acelerei e tenho recurso privado na companhia, private equity, mas preciso do pós-aceleração. Criamos um programa para isso com a Finep. Quero ir para fora. Temos uma discussão rápida com o BNDES para essa etapa. Estamos colocando dentro dessa lógica de etapas para que as iniciativas governamentais não concorram entre si.”