Governo

Dataprev se candidata a ser fornecedora de serviços digitais para Governo

A Dataprev quer que o governo adote como solução geral a plataforma de identificação e autenticação de cidadãos desenvolvida pela estatal para acesso a serviços públicos pela internet. O argumento é de que a plataforma já está rodando e seria cedida sem custos. 

“Temos uma plataforma já em execução capaz de suportar o projeto de autenticação do governo. Está pronta, tem um roadmap de evolução, e precisa de patrocínio. A gente gostaria muito que eles adotassem para ser a plataforma Brasil Cidadão”, diz o gerente de conta de novos negócios da Dataprev, Edmar dos Santos Ferreira Jr. 

Trata-se justamente do projeto de oferecer serviços público pela internet, a partir de um portal centralizado, com aplicações móveis e oferta de serviços em nuvem. O Ministério do Planejamento, porém, já começou a adquirir componentes dessa plataforma, especialmente em um pregão para a “solução tecnológica que digitalize os serviços”, vencida pela empresa Lecom Tecnologia, por R$ 14,5 milhões em pregão realizado em maio deste 2017.

Uma segunda compra, de plataforma como serviço – nuvem para órgãos públicos – está em andamento. Ela envolve a entrega de solução de virtualização, central de atendimento a usuário e sistemas de gerenciamento de controle de acesso e identidade, algo que a Dataprev sustenta já existir na prática com o ‘Cidadão BR’, que funciona em aplicações efetivas como o ‘Sine Fácil’, para ofertas de emprego pelo celular, ou INSS Digital. 

“Já são mais de 2,5 milhões de cidadãos cadastrados. E é um sistema de autenticação escalonada em níveis, desde o autocadastro, que já serve para determinadas aplicações, até identificações mais seguras, como cruzamento de CNIS, por exemplo. Níveis que atendem a diferentes graus a depender do serviço”, diz Flávio Sampaio, também da Superintendência de Relacionamento com Clientes da Dataprev. 


Segundo ele, outra vantagem dessa plataforma é contar com rede física para identificações presenciais. “Temos operando os sistemas a rede do INSS, com 1,5 mil postos, a rede do Ministério do Trabalho, com 2 mil postos. Além dessa capilaridade imensa da rede pública tem a rede bancária, os bancos parceiros dos pagamentos de benefícios”, completa Sampaio. 

A próxima etapa de desenvolvimento prevê sistemas de reconhecimento facial, a começar por fotografias. “Queremos ter isso até abril de 2018. Estamos buscando parceiros, a gente não vai desenvolver um algoritmo de reconhecimento, vamos buscar no mercado. Fizemos até aqui uma experiência com a Google. Já embarco documento com a foto, identifico se é original ou não, e faz a autenticação, um ‘cara-crachá’, digo qual o percentual de semelhança daquela foto com a foto da base de dados”, explica Edmar Ferreira Jr.  Ainda para o ano que vem essa plataforma terá possibilidade de identificação inicial, aquelas com autocadastro, associada a contas de redes sociais escolhidas pelos cidadãos. 

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