Autorregulação marca o retorno ao trabalho das empresas de TI em São Paulo
As entidades patronais de TI, como a ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software, e a Brasscom, em conjunto com o setor de telecomunicações e de tecnologia da informação, assinaram um termo de compromisso referente a implementação de protocolo que guiará a retomada das atividades deste segmento na cidade de São Paulo, SP com a prefeitura de São Paulo. O acerto foi firmado no sábado, dia 27 de junho. O relevante do acerto é que é uma autorregulação, inédita entre governo e setor privado.
O termo considera que a retomada abrupta e descuidada das atividades poderá representar um retrocesso no processo de flexibilização de medidas restritivas, ocasionando graves prejuízos à saúde e à economia. “Estamos comprometidos em ajudar a cidade de São Paulo a voltar às atividades com todo o cuidado e atenção que este período sensível precisa. Por isso, estamos adotando protocolos sanitários que auxiliarão na prevenção e na contenção da disseminação da pandemia ao mesmo que em que as atividades do setor de TI sejam retomadas de forma gradual e cuidadosa na capital, resume Rodolfo Fücher, presidente da ABES.
Para o presidente-executivo da Brasscom, Sergio Paulo Gallindo, o protocolo de retomada é fruto de uma parceria efetiva entre as empresas e o governo. “O setor concebeu uma autorregulação que inaugura uma dinâmica inovadora na interação com o poder público, o que potencializa a retomada do trabalho presencial nas empresas com toda a segurança”, pontuou.
Além de estabelecer em lei as regras de distanciamento social de 1,5m no ambiente de trabalho, utilização de barreiras físicas entre as estações, estímulo ao teletrabalho e limpeza dos ambientes, este termo prevê treinamentos periódicos e orientações aos funcionários quanto aos sintomas de Covid-19, higienização e obrigatoriedade do uso de máscaras.
As empresas também se comprometeram em diminuir em 80% a permanência de clientes no escritório enquanto a cidade se encontrar na classificação laranja no Plano São Paulo, 60% se estiver na classificação amarela e 40% se estiver na classificação verde. E os horários de funcionamento serão diferenciados para que sejam evitados os horários de pico do transporte público.
Além disso, não deverão retomar às atividades presenciais os funcionários pertencentes ao grupo de risco, que tiveram sintomas ou contato com pacientes infectados ou com suspeita do COVID-19 nos últimos 7 dias; ou que tenham filhos que, para cumprir o expediente, dependam do funcionamento de creches ou escolas que ainda não tenham retomado as atividades. O prazo de vigência do termo de compromisso assinado é o período do Estado de Calamidade Pública na cidade de São Paulo por conta da pandemia de coronavírus, não ultrapassando doze meses da data de sua assinatura.