Empregos em TI dobram em 10 anos e passam de 500 mil no Brasil
Ao se distribuírem pelas mais diversas atividades econômicas, os empregos em tecnologia da informação apresentam uma trajetória para lá de virtuosa, aponta o Panorama do Setor de TICs 2018, elaborado pela Assespro Nacional, em parceria com a Assespro Paraná e a Universidade Federal do Paraná. Segundo esse estudo, entre 2006 e 2016 a taxa de crescimento dos postos de trabalho no setor avançou em ritmo duas vezes superior à média nacional.
No período compreendido pelo Panorama, o emprego na área de TI no país passou de 266 mil postos de trabalho para 505 mil. “Nesse período, a taxa de crescimento da geração de empregos na área de TI foi de 65%. Isto equivale a uma taxa cerca de 2 vezes superior à do crescimento total do emprego, da ordem de 31%, no período”, afirma o estudo.
De acordo com o levantamento, no Brasil houve um crescimento contínuo na geração de empregos na área de TI, salvo uma ligeira queda de três pontos percentuais em 2011, e de dois pontos percentuais em 2016, em relação aos anos anteriores.
O bom desempenho está ligado ao uso da TI em diferentes atividades. “Os dados de geração de empregos, na área de TI, nos respectivos subsetores analisados, indicam um elevado grau de difusão dessa atividade profissional na economia, notadamente em atividades nas quais o uso da TI tem sido um vetor de modernização dos processos produtivos”, aponta o Panorama do Setor.
Ainda segundo o estudo, “o ritmo mais intenso de criação de postos de trabalho no subsetor de Informação e comunicação revela a importância econômica crescente desta atividade enquanto geradora de serviços na área de TI. Já o crescimento do emprego em TI em outros subsetores revela um processo de capacitação interna, seja para desenvolvimento próprio, seja para preparação do pessoal para adquirir e operar o conhecimento na área.
Como mostra o Panorama, entre os 21 subsetores de atividades econômicas listados na CNAE 2.0, oito concentraram 90% do emprego na área de TI, em 2016. Os serviços de Informação e comunicação participaram com 44% do total. Este foi seguido por Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (11%), Indústrias de transformação (8%), e Atividades administrativas (também 8%). Atividades financeiras (5%), administração pública (5%), atividades profissionais (5%) e educação (4%) completam esse quadro.
A distribuição geográfica do emprego na área de TI indica que São Paulo concentrou 43% do total, em 2016, seguido por Rio de Janeiro (10%), Minas Gerais (8%), Rio Grande do Sul (6%), Paraná (6%), Distrito Federal (5%) e Santa Catarina (5%).
A recente crise econômica, no entanto, também atingiu o segmento em cheio. Como destaca o levantamento da Assespro, “o intervalo 2014-2016 revela uma retração mais intensa do crescimento do emprego total, da ordem de dez pontos percentuais”.