Carreira

Funcionários brasileiros burlam regras de segurança de TI por software e apps

O uso de tecnologia defasada estimula aos funcionários a burlarem os processos de segurança da Informação; não confiarem nas equipes de tecnologia e a usarem com maior frequência dispositivos próprios – não sujeitos às regras de segurança – para trabalhar, revela pesquisa sobre Transformação Digital no ambiente do trabalho, feita pela Unisys em 12 países, e que no Brasil, ouviu 1000 pessoas, em abril deste ano, e divulgada nesta terça-feira, 17/07.

Localmente, 71% dos entrevistados admitiram ter baixado aplicativos sem suporte da TI porque são “melhores do que o que a minha empresa oferecia” ou “a empresa não ofereceu uma alternativa apropriada” – a média global é de 63%. Outro dado relevante:81% dos funcionários no Brasil admitiram terem usado soluções que não seguiam os protocolos de segurança desejados. O número representa 10 pontos percentuais acima da média global (71%).

“As pessoas querem acessar as informações na hora e em tempo real. Esse é o efeito da consumerização no ambiente de trabalho. O computador do trabalho é igual ao de casa”, avalia Fabio Abatepaulo, diretor de transformação digital da Unisys para América Latina. O estudo também avaliou qual tecnologia os funcionários consideram com maior potencial de impacto no mercado de trabalho nos próximos cinco anos.

No Brasil, 47% dos entrevistados apontaram a inteligência artificial, enquanto na média global, a IA foi apontada por 36% dos entrevistados. Os funcionários das organizações consideradas high Tech, ou seja, tecnologicamente adequada, mostraram maior receio de perderem seus empregos: 58% dos entrevistados no Brasil e 57% na média global.  O medo de perder o trabalho também envolve um grande desconhecimento a respeito da tecnologia. Apenas 22% dos entrevistados globalmente disseram que entendem “perfeitamente” do que trata-se a IA – enquanto 46% disseram que entendem “um pouco”. “O medo do desconhecido é real e no Brasil a IA é desconhecida no ambiente do trabalho efetivo”, completa Fabio Abatepaulo.


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