Carreira

GWCloud cria a GWAcademy para formar profissionais em TI

A GWAcademy nasceu com a missão de formar jovens para trabalhar com desenvolvimento em TI, mas também capacitados em empreender, afirma o vice-presidente de Inovação e Parcerias da GWCloud, Janssen Lobo. A primeira parceria firmada, em outubro do ano passado, foi com o TecnoPUC, no Rio Grande do Sul, onde há o investimento de uma série de empresas de TI e 320 startups incubadas. Mas já há negociações com o Porto Digital, no Recife, e o polo de inovação em Parnaíba, no Piauí.

“Buscamos profissionais porque estamos perdemos mão de obra para empresas do exterior. A concorrência não é mais entre as empresas brasileiras. As estrangeiras buscam o nosso talento e pagam em dólar. Então partimos para formar jovens não apenas para fazer programação, mas para ser empreendedores e até sócios em negócios. Uma certeza nós tínhamos: não queríamos mais apenas formar em Java”, conta ao Convergência Digital, em entrevista exclusiva, Janssen Lobo. 

Uma das novidades da aliança com o TecnoPUC é abrir a sala de aula para jovens em vulnerabilidade da região, principalmente, no ensino médio. “Sabemos que há muitos jovens que sabem programar no instinto e que querem uma chance. Por conta da relevância das ações de ESG nas empresas, firmamos esse acordo. Nossa ideia é formar 60 jovens até o final do ano”, conta Lobo. O projeto vai muito além de ensinar a programar. Já existe um protótipo em produção, um MVP, para uma rede de calçados de Brasília, voltada para as classes C, D e E. Eles não queriam loja física, mas também têm um e-commerce mais tradicional, mas queria aumentar sua presença nos municípios com mais de 100 mil habitantes. 

“Pensamos então um projeto parecido com as vendas da Avon e Natura, usando o WhatsApp, gerando vendedores autônomos, que são chamados de embaixadores de vendas, com possibilidade de concessão de microcréditos. Esse projeto está sendo finalizado por meio de uma plataforma chamada Smarttbuy. Os jovens envolvidos ganham uma bolsa remunerada e depois, se o projeto vingar, ficam com remuneração também. Todo mundo está entrando para ganhar dinheiro”, completa o VP da GWCloud.

A escolha por estados fora do eixo Rio/São Paulo/Brasília tem razão de ser. “Precisamos expandir as opções. Acredito que temos muito por construir em talentos”, reforçou Janssen Lobo. A demanda maior do que a oferta de mão de obra, aliás, está mudando a forma de fazer negócio, observa o especialista. Segundo ele, a maior parte da demanda de projetos mais inovadores está vindo da área de inovação e não da TI. “A TI precisa ser mais estratégica e entender que mudou o negócio ou será integralmente terceirizada. Hoje as empresas querem usar a TI para fazer valer o seu negócio”, completa o VP da GWCloud.


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