IBGE: TICs puxaram queda do desemprego para 7,8%
Segundo dados divulgados pelo IBGE nesta sexta, 29/9, a taxa de desocupação ficou en 7,8% no trimestre encerrado em agosto de 2023 – tendo recuado 0,5 ponto percentual frente ao trimestre de março a maio de 2023 (8,3%) e caiu 1,1 p.p. ante o mesmo trimestre móvel de 2022 (8,9%). Foi a menor taxa de desocupação desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015 (7,5%).
“A expansão da ocupação ocorreu em diversas atividades econômicas, mas de maneira significativa podemos destacar educação e saúde, no setor público, as atividades de tecnologia da informação e comunicação, serviços financeiros, administrativos e domésticos. Essa absorção foi tanto com carteira assinada assim como sem carteira e conta própria.”
No trimestre móvel de junho a agosto de 2023, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 108,1 milhões de pessoas, crescendo 0,7% (mais 725 mil pessoas) frente ao trimestre de março a maio de 2022 e caindo 0,6% no ano (menos 636 mil pessoas).
Frente ao trimestre móvel anterior, segundo os grupamentos de atividades investigados pela pesquisa, houve aumento nos grupamentos: Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (2,3%, ou mais 275 mil pessoas), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,4%, ou mais 422 mil pessoas) e Serviços domésticos (2,9%, ou mais 164 mil pessoas). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Frente ao trimestre de junho a agosto de 2022 houve alta em: Transporte, armazenagem e correio (4,4%, ou mais 230 mil pessoas), Alojamento e alimentação (4,0%, ou mais 213 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (5,1%, ou mais 596 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,0%, ou mais 699 mil pessoas). Houve redução em: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-5,1%, ou menos 446 mil pessoas) e Construção (-3,5%, ou menos 265 mil pessoas).
A população desocupada (8,4 milhões) recuou 5,9% (menos 528 mil pessoas) no trimestre e caiu 13,2% (menos 1,3 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015 (8,5 milhões)
A população ocupada (99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,6% (mais 641 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi estimado em 57,0%, crescendo 0,6 p.p. frente ao trimestre de março a maio (56,4%) e ficando estável no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 37,248 milhões, com alta de 1,1% (mais 422 mil) no trimestre e de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano. Foi o maior contingente desde fevereiro de 2015 (37,288 milhões). O número de empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) cresceu 2,1% no trimestre (mais 266 mil pessoas) e ficou estável no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,0% no ano (menos 509 mil pessoas).
O número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões de pessoas) cresceu 2,8% ante o trimestre anterior e ficou estável frente ao trimestre encerrado em agosto de 2022.
O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de empregados no setor público (12,2 milhões de pessoas).
A taxa de informalidade foi de 39,1 % da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9% no trimestre anterior e 39,7% no mesmo trimestre de 2022.
O rendimento real habitual (R$ 2.947) ficou estável no trimestre e cresceu 4,6% no ano.
A massa de rendimento real habitual (R$ 288,9 bilhões) foi recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.