No Rio, apenas 21% das empresas adotam o teletrabalho
A 15ª Pesquisa de RH para RH 2018/2019, realizada pelo TI Rio (Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro), mostra que 60% das demissões na área de TI realizadas no período aconteceram por pedido dos funcionários. O levantamento mostra ainda que a ocupação dos postos de trabalho entre os gêneros apresenta 78% dos postos de profissionais de nível superior ocupados por homens e 62% por mulheres. Já com pós-graduação, as mulheres são 5% e os homens 3%.
O relatório mostra, porém, uma desequilíbrio relevante entre homens e mulheres. Enquanto a média entre os pós-graduados homens fica em R$8.016,00, o das mulheres é de R$4.205,00. No nível superior os homens chegam a R$6.063,00, contra R$3.055,00 das mulheres. No geral entre as funções relacionadas na pesquisa, a menor faixa salarial em 2019 é a de analista de desenvolvimento, com R$2.301,00.
Outra evidência é que as correções salariais em 84% das empresas foram feitas seguindo a convenção coletiva negociada entre o TI-Rio e o sindicato dos trabalhadores. Um dado que revela a importância do papel de negociação da entidade, segundo Luiz Carlos. “A convenção é fundamental para as empresas terem parâmetros de mercado. E, importante ressaltar, beneficia a todas que atuam no setor.
O estudo mostra ainda que as empresas de TI têm acompanhado a evolução do mercado e permitido em 47% dos casos o cumprimento da jornada de trabalho de forma flexível e informal, com 53% que mantém horários fixos. Também 47% delas permitem o trabalho em casa de forma eventual. As regras definidas para os bancos de horas negociados entre o TI Rio e o sindicato laboral por acordo coletivo são utilizadas em 26% dos casos. No que se refere aos planos de cargos e salários, 58% das empresas têm algum estruturado.
Outra característica é que 42% das empresas autorizam o acesso sem restrições dos empregados às redes sociais pessoais, e-mail, jogos, sites etc. durante o período de trabalho. Outras 53% impõem algum limite e apenas 5% vetam os acessos. A maioria das empresas, 68%, permitem e estimulam projetos criativos extratrabalho, 10% destas como política de RH.
Carências na formação
Mesmo estando num espaço hoje considerado nobre do mercado de trabalho, os setores de RH das empresas de TI percebem carências na formação dos recém contratados. Em 84% delas, para solucionar o problema, são oferecidos treinamentos com ferramentas, métodos e técnicas específicos; em 42% treinamentos comportamentais; em 37% em certificações; em 26% treinamentos gerenciais e em 21% treinamentos administrativos, mesmo percentual para os complementares, como inglês ou redação, por exemplo.
Com relação às novas formas de contratação permitidas pela legislação mais recente, apenas 5% utilizam os contratos intermitentes, 63% não recorreram às novas regras. Já o teletrabalho é utilizado por 21% das empresas e os autônomos têm espaço em 11% delas. O diretor do TI Rio, Luiz Carlos Sá Carvalho, assume o desafio que as as organizações enfrentam para encontrar profissionais de TI qualificados no mercado.
“Constatamos que muitas empresas estão optando por ter um relacionamento mais estreitos com as universidades. Essa é a porta de entrada de profissionais juniores. Grande parte das empresas com até 50 funcionários foca na contratação de estagiários e, muitos deles, com bom desempenho, são contratados pela CLT antes mesmo de terminarem o período de estágio”, completa Carvalho.
*Com informações da Assessoria do TI Rio