Carreira

Patrões e empregados de TI suspendem negociação salarial em São Paulo

A sétima rodada da Campanha Salarial 2017 dos trabalhadores de TI do estado de São Paulo realizada nesta quinta-feira, 23/02, terminou em novo impasse. Os patrões ofereceram um reajuste de 6,29%, percentual abaixo do reivindicado pelos trabalhadores – 8,29%, que representa o IPCA de 2016 (6,29%) mais 2% de aumento real, e as negociações foram encerradas. O Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo, Sindpd, informa que fará uma consulta a categoria. Existe a possibilidade da decretação de uma greve em São Paulo.

De acordo com o Sindpd, mesmo com a recusa pelo fatiamento do aumento por parte dos trabalhadores, a comissão formada pelo Seprosp (sindicato das empresas) propôs um aumento parcelado de 5% a partir de janeiro e outros 1,29% apenas em novembro, além de um abono de 8%. Os trabalhadores recusaram e houve uma contrapartida: 5,2% a partir de janeiro, 1,09% apenas em novembro e mais um abono de 12% a ser pago apenas em agosto.

A proposta foi recusada. “Nós não queremos o fatiamento de jeito nenhum e, além disso, ainda está muito abaixo do índice que estamos querendo”, rebateu o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Os trabalhadores informam ainda que foi colocada à mesa a possibilidade de se colocar um teto. Os patrões ofereceram 6,29% de reajuste válido a partir de 1º de janeiro, ou seja, em parcela única, mas apenas para os trabalhadores com salários de até R$ 10 mil.

Para os que ganham acima deste teto, a negociação ocorreria livremente entre trabalhadores e empresa. Mais uma vez a proposta foi recusada pelos trabalhadores, que colocaram à mesa a proposta de um reajuste de 7,5%, o que garantiria, além da correção da inflação, um aumento real nos salários dos trabalhadores. Os patrões ofereceram 6,29% de reajuste salarial sem que houvesse um teto salarial de R$ 10 mil, ou seja, o índice valeria para todos os profissionais.

O Sindpd manteve à mesa a defesa do aumento real, dando duas opções para a comissão patronal: 7,5% para os que ganham até R$ 10 mil ou 7% para toda a categoria, sem definição de um teto. A comissão patronal informou que não teria condições de elevar a sua oferta para além dos 6,29%. A negociação foi encerrada e haverá uma consulta à categoria sobre os rumos da campanha por parte do Sindpd.


Além do reajuste salarial, os trabalhadores não abrem mão do aumento do vale-refeição para R$ 20 para os trabalhadores com jornada diária de 8 horas e de R$ 18 para aqueles que cumprem jornada de 6 horas; elevação do auxílio-creche para 40%; além da ampliação de pisos salariais para todas as áreas, incluindo programadores e analistas.

*Com informações do Sindpd

Botão Voltar ao topo