Carreira

‘Programadores robôs’ vão substituir os engenheiros de software

Mercados e profissões demonstram rápidas transformações com os avanços tecnológicos. Em um cenário onde os níveis de inteligência artificial, automação e realidade virtual estão cada vez mais altos, carreiras já desapareceram e outras devem deixar de existir em breve, abrindo caminho para postos onde a habilidade humana será concentrada no que os robôs (ainda) são incapazes de fazer.

Mas se em muitos campos as máquinas têm melhor desempenho, margem de erro infinitamente menor e ainda são capazes de aprender, qual o futuro quando se fala de profissões e carreiras? Esta realidade questiona se as graduações, MBAs e outros títulos tradicionais são a melhor forma de preparo. O ponto chave do diferencial competitivo será a consciência de um mundo voltado à disrupção, tendo a tecnologia como aliado e não como algoz.

Em um prazo de 5 a 15 anos, várias posições que hoje são extremamente dinâmicas desaparecerão. Arthur Igreja e Allan Costa, especialistas da multiplataforma AAA, listam as mais próximas, comentando motivos, contexto e estimativa de prazo. “Profissões que são muito repetitivas obviamente serão substituídas por softwares. E as que são por natureza muito humana, como serviços de cuidadores e de atendimento tendem a ter seus valores pressionados para baixo em razão da robotização, por exemplo”, destaca Arthur Igreja.

“Os especialistas de cada área devem estar conectados à tecnologia. Ou seja, se os robôs já realizam diagnósticos e operações, o médico deve direcionar esforços para o atendimento ao paciente, o relacionamento, o tratamento personalizado”, comenta Allan Costa. Uma das profissões condenadas à extinção é a da engenharia de software. Segundo os especialistas, a profissão deixará de existir, num cenário de evolução, em 2027.

Os analistas sustentam que, hoje, os engenheiros de software são escassos e têm altos salários, principalmente no Vale do Silício. A transformação digital dos negócios exige, hoje, de acordo com os especialistas, ‘exércitos de programadores’. Para eles, a inteligência artificial e os frameworks de programação em alto nível permitem que software gere mais software, o que provocará uma gradual redução na demanda por engenheiros de software e um aumento na procura por analistas de negócio capazes de modelar processos para que sejam então automatizados por ”programadores robôs”.
Outras profissões, afirmam Arthur Igreja e Allan Costa, também estão condenadas a sumir até 2030 como, por exemplo, analistas de investimentos, anestesistas, pilotos de avião, contadores e auditores.


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