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AWS: Demanda por trabalho remoto com uso da nuvem quintuplicou na pandemia

Já se tornou lugar comum a ideia de que a pandemia de Covid-19 fez mais pela transformação digital em 10 meses do que nos últimos cinco anos. E um jeito simples de medir o impacto de práticas diárias no mundo corporativo é verificar o crescimento da demanda por ferramentas de trabalho remoto. No caso do maior fornecedor global de serviços de nuvem, a AWS, a escala quintuplicou. 

“Vimos um grande aumento na necessidade de ajudar as empresas em recursos para uso remoto. E isso precisou ser escalado muito rapidamente. O que vimos este ano foram aumentos de quatro ou cinco vezes no número de servidores BPM [business process management] utilizados. Algo que nós também fizemos como empresa. Também houve aumento de ferramentas para uso em dispositivos não confiáveis, ou seja, como um tablet ou um computador doméstico. Para ser possível trabalhar de casa”, destaca o diretor do escritório de segurança da informação da AWS, Mark Ryland. 

Em entrevista ao Convergência Digital, Ryland explicou que essa mudança repentina nas rotinas por conta da pandemia teve efeito também nas medidas de segurança. Certamente estamos percebendo muita atividade, muitos desafios que as pessoas estão enfrentando. E há questões especificas da Covid. Então vimos aumentos em coisas como ataques de phishing por meio de chats, com as pessoas trabalhando de casa e precisando utilizar mais essas ferramentas, em que ao mesmo tempo é possível alguém se passar por um colega. Vimos que isso se tornou mais prevalente.”

Ainda que a nuvem não seja a solução de todos os problemas, Ryland ressalta que há aspectos importantes que fazem diferença. “Vejo duas razões principais para nuvem ser mais eficiente em questões de segurança. A primeira é uma maior visibilidade da infraestrutura de TI. No mundo mais tradicional, on premises, em teoria seria utilizada uma configuração capaz de identificar cada servidor, cada endereço na rede, gateways, firewalls, tudo disponível na base de dados. Então sabendo o que se tem, sabe-se o que defender. Mas na prática é difícil manter as configurações atualizadas”, avalia. 

“Em uma plataforma de cloud, há um uso mais intenso de APIs, de software para fazer essas tarefas. E isso se relaciona com o segundo aspecto, que é a automação. Isso permite que os especialistas não precisam ficar o dia inteiro digitando comandos. Então a combinação de visibilidade com automação são boas explicações para a segurança na nuvem.”


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