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AWS está na nuvem do governo. Huawei, Microsoft, Google e Oracle ainda brigam

Parceira de praticamente todas as 20 concorrentes do pregão da nuvem pública federal, a AWS está garantida como uma das plataformas de atendimento para os órgãos do governo – seria preciso desclassificar as 10 primeiras colocadas para a contratação de um dos únicos dois candidatos a broker que não atuam com a nuvem da Amazon.  

Significa que a AWS vai continuar a atender o governo brasileiro, visto ser até aqui a única a fornecer o serviço, por conta da vitória da Claro/Embratel na primeira licitação desse tipo, em 2018. E isso mesmo que os recursos pela inabilitação da primeira colocada, a Extreme Digital Solutions, tenha sucesso. 

Até aqui, a EDS lidera a disputa com lance de R$ 65,9 milhões e nuvens da AWS, Huawei e Google. Mas quatro concorrentes questionam a capacidade técnica da empresa em prover os serviços exigidos no edital. Uma delas é a própria Claro/Embratel, atual fornecedora e que tem o segundo melhor lance (R$ 71,4 milhões). 

“Temos fortes evidências de que a empresa habilitada não comprovou, por meio de atestados técnicos, capacidade de atuar como broker de nuvens públicas Nenhum dos atestados apresentados comprova experiência anterior nas nuvens públicas com as quais a empresa está participando na licitação. Outras três concorrentes também manifestaram intenção de recurso pela mesma razão, o que reforça nosso entendimento”, afirma a diretora executiva da Embratel para governo, Maria Teresa Lima. 

Das primeiras colocadas, a empresa foi a única a fazer segredo sobre as nuvens parceiras na documentação encaminhada ao Ministério da Economia, responsável pelo pregão. Em seu site sobre serviços multinuvem, a Embratel mostra a própria AWS, com quem atua no contrato atual com o governo, e a Microsoft Azure. A empresa informa que também trabalha com Huawei, Google e IBM.


A AWS continua no páreo mesmo se a própria Claro for desclassificada. Como lembrou a diretora da Embratel, Globalweb (AWS/Huawei), AX4B (AWS/Huawei/Oracle) e Telefônica (AWS/Huawei/Azure), terceira, quarta e sexta colocadas no pregão, também apresentaram recursos para questionar a habilitação da Extreme Digital. 

Como o novo pregão exige pelo menos duas nuvens, a Huawei tem boas chances de se tornar fornecedora para o governo brasileiro. É parceira da primeira colocada – embora não da segunda – e também das seguintes da fila. A chinesa é indicada em oito das 20 propostas enviadas para a licitação. 

A Microsoft, parceira de nove competidoras, depende dos recursos. Assim como a Google, em três, pelo motivo oposto – se a Extreme cair, só reaparece na oitava colocada. IBM, com quatro parcerias, e Oracle, com três, completam o cardápio de nuvens na disputa pelo contrato de, pelo menos, dois anos com o governo federal. 

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