Com nuvem da Salesforce, Alelo se transforma em uma empresa de dados
A Alelo está usando a nuvem – ou melhor a solução Salesforce Sales Cloud – para digitalizar o seu front office de vendas e se consolidar como uma empresa de dados, afirma o diretor de Marketing e Produtos da companhia, André Turquetto. A Alelo é especializada na concessão de benefícios e controlada pelo Banco do Brasil e Bradesco.
“Temos forte atuação em diferentes ramos como alimentação, transporte e saúde, mas queremos mais. Os dados que acumulamos são um potencial de oportunidades”, observa o executivo. A parceria com a Salesforce começou em 2014 e, desde então, é aperfeiçoada. O uso do Salesforce Sales Cloud mobilizou treinamento, capacitação e preparação.
“Não basta digitalizar as ferramentas se as pessoas não estiverem preparadas. Nós treinamos nossa força de vendas, nós criamos um modelo mais liberal, mas ao mesmo tempo, temos mais controle das atividades. Não é um monitoramento de vigilância. Em vendas, quem atua bem, ganha mais. No caso, montamos um modelo ganha-ganha”, salienta Turquetto.
Com o uso maior dos dados, a Alelo já está se adequando às regras estabelecidas pela Lei de Proteção de Dados Pessoais, mesmo sem uma definição sobre a criação da Autoridade Nacional de Dados. O prazo de 20 meses de adequação foi considerado justo e a Alelo, afirma o diretor de Marketing da companhia, já cumpre boa parte dos requisitos exigidos. “Nossa preparação já começou. Estamos trabalhando para ficar dentro da legislação, mas muitos dos pontos exigidos já eram usados como base da nossa atuação”, salienta.
A Alelo também está usando o Salesforce Mobile App para tablets e smartphones. Todo o projeto de adoção do Salesforce Sales Cloud foi feito na metodologia Agile (Ágil) e passou por quatro estágios: detalhamento de necessidade, com consultoria feita pela Salesforce pela Accenture, responsável pela implantação, desenvolvimento, prototipação, teste, homologação e adoção. Os valores do contrato não foram revelados pelas partes.
O vice-presidente de Marketing para a América Latina da Salesforce, Daniel Hoe, diz que o Brasil passa pela segunda fase do uso CRM como ferramenta de trabalho. “Muito se investiu para o back office. Mas agora, com a digitalização, o front office, enfim, ganha atenção. A maior parte das aplicações visa o cliente. Isso é um ganho sem igual. Há muito para se conquistar”, afirma. A Salesforce apresentou o seu escritório conceito na capital paulista, que replica moldes globais e também definido pela metodologia Agile, para reunir os cerca de 300 funcionários no País.