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Dataprev marca fim do último mainframe e terá multicloud híbrida

A volta de Rodrigo Assumpção para o comando da Dataprev também marca o retorno do processo de substituição dos mainframes da estatal de TI da Previdência Social. A empresa anunciou nesta quarta, 19/7, a migração da principal tarefa da empresa, a folha de pagamento do INSS, para plataforma baixa e prevê o desligamento do último mainframe em três anos. 

“Se soubesse que teria que continuar resolvendo problema de mainframe teria relutado ao convite”, brincou Assumpção, que presidiu a Dataprev durante 2009 e 2017, período no qual a empresa substitui mainframes do CNIS, o cadastro nacional de informações sociais, e da arrecadação previdenciária. 

A folha de pagamento do INSS, que tem 38,2 milhões de beneficiários, a maior do hemisfério sul, e roda 36 bilhões de dados de remuneração todos os meses, será executada em metade do tempo, das atuais 96 para 48 horas. Mais do que o ganho de prazo, no entanto, a mudança abre caminho a outros avanços tecnológicos. 

“Estamos cumprindo o cronograma de sistemas para 2023 e em setembro começamos as tarefas alocadas para 2024. Nessa aceleração do cronograma faremos esforços de acabar com a utilização de mainframes em menos de três anos. Isso amplia as possibilidades, as escolhas tecnológicas, gerenciais, de processo que a Dataprev é capaz de realiza”, afirmou Assumpção. 

Um salto importante será anunciado nos próximos dias, com a assinatura do primeiro contrato em direção à multinuvem híbrida pela estatal de TI. Segundo o presidente da Dataprev, a empresa quer ampliar o uso com a incorporação de nuvens dos fornecedores privados diretamente em seus datacenters. 


“A Dataprev já tem nuvem própria e a usa intensamente. E aposta em nuvem não só em uma nuvem própria, estruturada pela Dataprev, mas também pelo recebimento,  nos nossos datacenters, de máquinas estruturadas dos grandes fornecedores de nuvem que possam agir como territórios localizados. Essa é uma tendência que já estamos implementando e querendo ampliar”, afirmou Assumpção. 

“Vamos ter vários fornecedores de nuvem com equipamentos nos nosso datacenters para cumprir as tarefas da infraestrutura nacional de dados, e que envolve a governança e o controle do Estado sobre esse dados. Essa infraestrutura passa pela capacidade mais do que de guarda, mas de controle dos processos, sem abrir mão da agilidade, da escalabilidade, de uma capacidade de orquestração da tecnologia que a nuvem traz. Juntar essas coisas parece ser o caminho”, completou. 

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