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Esgotamento do modelo datacenter impõe o uso da nuvem pelos órgãos públicos

A adoção de sistemas de computação em nuvem por órgãos públicos dá seus primeiros passos no Brasil, mas já conta com uma espécie de manual importante: a experiência pioneira do Tribunal de Contas da União, justamente o órgão que tem como uma de suas missões orientar o setor público sobre processos de contratações. E esse é um roadmap que não deve ser ignorado, como destaca a diretora de infraestrutura de TI do TCU, Lorena Brasil. 

“Depois não só da experiência do TCU, mas de outros processos, como o caso do Ministério da Economia ou da Petrobras, têm várias experiências consolidadas, licitações realizadas e contratos assinados que seguem mais ou menos o mesmo modelo”, ressaltou a diretora do TCU ao participar nesta terça, 17/9, em Brasília, do AWS Initiate Public Sector. “Acredito que o caminho esteja traçado. Não para que seja copiado, mas porque tem diretrizes que podem resultar em uma boa contratação. Ou seja, é pegar o que já existe e adequar à sua realidade.”

É uma experiência importante, aponta, diante do que parece ser uma natural resistência, muitas vezes até internamente nas áreas de TI, à mudança trazida pela computação em nuvem. Por um lado, uma mudança inevitável. Mas que exige um ajuste cultural nas organizações. “O que nos motivou foi um certo esgotamento dos modelos anteriores, de contratar pessoas, contratar equipamento, e a necessidade de experiência na nuvem pública, até por ser uma tendência. Mas outra coisa importante é adaptação da equipe. Está todo mundo habituado a comprar servidor, comprar armazenamento. Agora tem que usar SaaS? Vão dizer que é perigoso. É trabalhoso. É caro. Enfim, todo um discurso interno que não é fácil de vencer. Estamos com um ano de implementação e aos poucos as pessoas começam a enxergar vantagens”, completou. 

Há, ainda, os receios na própria compra pública. Mas como lembrou a diretora do TCU, a própria contratação do órgão fiscalizador enfrentou questionamentos. A contratação, iniciada em julho de 2017, só se deu em maio de 2018, depois de nove meses de suspensão judicial. “É importante mencionar a suspensão do pregão, porque é algo que vemos acontecer em quase todas as licitações. Todo mundo quer entrar nesse mercado, prover o serviço e tem uma briga por isso. É um alerta. Mas a sucessão de novos contratos também é um processo educativo.”


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