Google: Falhas detectadas nos chips foram as mais desafiadoras da década
Os serviços de nuvem da Google não foram afetados pelas atualizações de software contra o impacto do Specter e do Meltdown nos chips de servidores, revelou a companhia. As falhas, que afetam os chips Intel, AMD e ARM, podem permitir que hackers leiam a memória de um computador e roubem senhas, colocando praticamente todos os celulares, computadores e servidores em risco.
Pesquisadores do Project Zero do Google, em conjunto com pesquisadores acadêmicos e industriais de vários países, relataram falhas publicamente em 3 de janeiro, mas as principais empresas de tecnologia disseram saber dos erros há meses.
A Google informou que começou a implementar atualizações para a Meltdown e uma variante da Specter em setembro e, em dezembro, criou uma atualização para a Variant 2 da Specter, que é mais difícil de consertar sem desacelerar os sistemas. “Este conjunto de vulnerabilidades foi talvez o mais difícil e desafiador de consertar em uma década”, afirmou o executivo do Google, Ben Treynor Sloss.
A Microsoft também lançou atualizações para as falhas, mas no início desta semana admitiu que sua correção para a Variant 2 desacelerou alguns computadores pessoais e servidores, com sistemas com processadores Intel mais antigos que apresentaram uma diminuição notável de desempenho.
A Intel reportou que emitirá consertos para 90% dos chips com menos de 5 anos até 15 de janeiro e então se concentrará em atualizações para os chips mais antigos. A Intel está presente em mais de 90% dos servidores de data centers no mundo e foi a maior atingida pelo impacto da descoberta das falhas.