IA morde dois terços dos orçamentos de nuvem
Inteligência artificial acelera adoção da tecnologiaem 63%
As empresas estão apostando na nuvem para satisfazer a fome por IA generativa e recursos de aprendizado de máquina, de acordo com uma pesquisa recém publicada pela Foundry, braço de comunicações da IDG.
As taxas de migração recuperaram este ano, com 63% dos entrevistados relatando uma adoção acelerada da nuvem no último ano, em comparação com 57% em 2023 e 63% em 2022. A empresa de inteligência de mercado entrevistou 821 líderes globais de TI encarregados de decisões de aquisição de nuvem em maio para o 11º relatório anual.
Apesar da contínua escassez de talentos e do aumento das preocupações com custos, as empresas irão alocar mais de um quarto dos orçamentos de TI para a nuvem no próximo ano, gastando uma média de US$ 95 milhões (R$ 540 milhões) na tecnologia, concluiu o relatório. Quase dois terços dos entrevistados planejam dedicar o orçamento da nuvem para plataformas de IA e aprendizado de máquina.
A pesquisa da Foundry revelou uma divisão entre os entrevistados sobre onde executar as cargas de trabalho de IA. Embora 30% dos entrevistados preferissem a nuvem pública, quase a mesma proporção optou por uma combinação híbrida de nuvem e local e 24% preferiram a nuvem privada de data center.
Quase metade dos líderes de TI enfrentou restrições de custos da nuvem, apesar do aumento dos orçamentos. Preocupações com segurança e conformidade atormentaram 35% dos entrevistados. Os obstáculos à integração de sistemas de TI e as lacunas nas habilidades de engenharia em nuvem foram quase tão prevalentes.
Com tanta demanda, AWS, Microsoft e Google Cloud desencadearam um boom na construção de data centers durante o primeiro semestre do ano, aumentando a capacidade à medida que as taxas de vacância diminuíam.
No geral, o consumo de nuvem cresceu a um ritmo acelerado, cerca de 20% ano após ano nos últimos nove meses, de acordo com a mais recente análise de mercado do Synergy Research Group. A IDC espera que a taxa de crescimento permaneça nesse nível até 2028, elevando os gastos anuais com nuvem para mais de US$ 800 bilhões (R$ 4,5 trilhões) este ano.
