Cloud

Itaú Unibanco terá 50% dos serviços na nuvem já em 2022

O Itaú Unibanco já migrou cerca de 30% de seus serviços para a plataforma na nuvem da AWS e deve fechar 2022 com um percentual entre 45% e 50% do total. O banco fechou contrato de dez anos com a AWS para endereçar suas necessidades da transformação digital por meio de modernização de plataformas e arquiteturas.

“Ser digital vai além de operar em canais digitais. É uma mudança cultural que requer diferenciais na forma de operar e pensar em novas soluções”, disse Ricardo Guerra, CIO do Itaú Unibanco, em sua palestra no AWS Summit São Paulo 2022, que acontece nesta quarta-feira, 03/08 e amanhã, 04/08.

Segundo o diretor de TI, a estratégia está focada na geração de valor para os clientes e na sustentabilidade e competitividade dos negócios em curto e longo prazos. Para tanto, o Itaú Unibanco projetou uma plataforma capaz de evoluir, facilmente adaptável, que promove a diminuição de dependências e a adoção de uma arquitetura celular desacoplada, baseada em microsserviços.


Por meio de soluções reutilizáveis, o banco pretende conseguir maior agilidade e autonomia para os times inovarem, além de aumentar a frequência de entregas, com ciclos mais curtos e melhor time-to-market. Outro pilar é ter analytics by design, com o uso de ferramentas que ajudem a monitorar a experiência do cliente.

A migração para a nuvem já proporcionou cerca de cem mil implantações em 2021, um número 17 vezes maior se comparado com cinco anos atrás, e 1,8 mil pessoas foram certificadas em AWS. Outro resultado foi a redução de 75% de incidentes que impactam o cliente, na comparação entre 2017 e 2021. Outro dado relevante: o Pix do Itaú Unibanco nasceu 100% na nuvem AWS e, hoje, segundo Guerra, 20% de todo o volume transferido pela modalidade no Brasil passa pela aplicação.

“Não estamos eliminando legado, estamos construindo uma plataforma flexível e adaptável, com diminuição de dependências e adoção de novas arquiteturas para conseguir velocidade”, destacou Guerra. O executivo também deixou bem claro: o objetivo do banco não é, em princípio, migrar tudo para a nuvem AWS, mas ter capacidade de inovar e de criar soluções de maior valor para os clientes. “Não pensamos mais em plataforma, isso é antigo, monolítico; pensamos em serviços, na menor unidade de um serviço de negócio. Nossa estratégia passa por identificar estes serviços e migrar unitariamente”, explicou o CIO.

Até o momento, vários serviços de diversas plataformas e áreas do banco foram migrados para a nuvem da AWS, como de cartões, de conta corrente, de investimentos e de crédito. A jornada já começou, umas estão mais avançadas que outras e na média 30% das aplicações estão na nuvem da AWS.

Na migração do datacenter antigo, reescrever a plataforma é um desafio. “A grande dificuldade no processo é rearquitetar a plataforma; a cloud é o destino final. Não é simplesmente reescrever, porque o banco precisa continuar funcionando”, disse Guerra.  O CIO do Itaú Unibanco, Ricardo Guerra, conversou com o Convergência Digital durante o AWS Summit São Paulo 2022. Assista à entrevista.

Botão Voltar ao topo