Cloud

Microsoft vence Google e Amazon e leva contrato de R$ 1,32 bi no TJ/São Paulo

O Tribunal de Justiça de São Paulo anunciou a vitória da Microsoft – diante dos rivais Google e Amazon – e o acerto de um contrato, de cinco anos, no valor de R$ 1,32 bilhão, com a empresa de Bill Gates para desenvolver uma nova plataforma de processo eletrônico e a infraestrutura de tecnologia da corte. O objetivo é mudar completamente as atividades digitais, inclusive com um novo sistema de tramitação processual. O pagamento será em parcelas mensais e conforme a entrega das etapas do projeto.

Com a nova infraestrutura, os dados do TJ de São Paulo ficarão armazenados na nuvem da Microsoft. Hoje, eles ficam em servidores próprios do TJ, o que acarreta custos para o tribunal e investimento constante em TI. Segundo o presidente do TJ-SP, desembargador Pereira Calças, nos cinco primeiros anos, a nova plataforma vai manter o custo geral, mas haverá economia de 40% a partir do sexto ano. O Sistema de Automação da Justiça (e-SAJ), fornecido pela Softplan, gradualmente deixará de ser usado. Entretanto, enquanto a implantação não terminar, os sistemas da Microsoft e Sofplan conviverão.

Pereira Calças conta que o novo sistema incluirá os juizados especiais e o sistema de adoção no primeiro ano de implementação. Já no segundo, haverá a implementação para o Direito Privado e Criminal. No terceiro, será a vez do Direito Público.

De acordo com o presidente do tribunal, foram usados os critérios de inovação da USP. Foram convidados para participar da concorrência as empresas Amazon, Google e Microsoft, e só a última atendeu aos requisitos. Pelo projeto, ainda serão utilizados os serviços de nuvem e novos software para colaboração, comunicação e produtividade. Há previsão também da criação de um centro de inovação e transformação digital para capacitar tecnologicamente o tribunal e promover inovações na tramitação de processos.

A plataforma de Justiça Digital será desenvolvida inteiramente na nuvem, ao contrário do que ocorre com o sistema atual. Com isso, o TJ deixará de investir, proporcionalmente, em atualização de parque computacional de seu data center, além do backup. De acordo com nota do tribunal, com o sistema atual, todo instalado em servidores e data center próprio, o Judiciário paulista “não teria fôlego necessário para a inovação e a segurança que uma entidade desse porte necessita, além de que, pela restrição de espaço de armazenamento, não haveria evolução na incorporação de novas tecnologias no sistema de tramitação de processos”.


*Com informações do TJ/SP e do portal Conjur

Botão Voltar ao topo