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Planejamento espera até 20 órgãos em embrião da nuvem de governo

O Ministério do Planejamento tem como expectativa concluir antes do final deste mês de maio o edital para a contratação do início de uma nuvem de governo. Pelo menos cinco órgãos estarão na ata de registro de preços, mas a ideia é que a experiência reúna até duas dezenas de entes públicos.

“Vamos ter reunião com órgãos para explicar o modelo, mas não espero que seja uma grande contratação. Serão mais de cinco, talvez 10, talvez chegue a 20 órgãos. E há uma ideia que a gente analise o plano de contratação. É uma experiência para órgãos com alguma maturidade em rodar na nuvem. Para os órgãos com maturidade muito baixa talvez a gente oriente a fazer adesão tardia”, diz o diretor de estruturação de soluções da secretaria de TICs (SETIC), Bruno Novais.

Nesta quinta-feira, 10/5, o governo fez uma reunião com potenciais fornecedores para estimular o mercado a enviar sugestões à consulta pública do termo de referência, que termina nesta sexta, 11/5, e não será prorrogada. “Estamos ansiosos. Não há mais tempo para prorrogação”, emenda Novais.

Do que adiantaram no encontro, os fornecedores lamentam a decisão da Setic de rever a contratação de multinuvem, embora tenha mantido a figura do ‘broker’. Mas ouviram que o redimensionamento faz sentido por ser um passo intermediário no aprendizado dos órgãos públicos no uso dessa tecnologia.

“Por enquanto vamos para o modelo mais simples, adquirir experiência. A gente quer experimentar o modelo do broker. Não temos essa experiência, nem quanto vai custar isso. Hoje o governo compra crédito e administra. Estamos no pré-pago e vamos para o pós-pago. E eventualmente vamos chegar em multinuvem, na nuvem de governo, misturando nuvem privada e pública dentro da estrutura”, diz a coordenadora geral de infraestrutura de TI, Flaviana Azevedo.


Como ressalta Novais, “não é o modelo ainda que estamos pensando, uma nuvem de governo, mas é um passo avante que a gente dá em relação ao que temos de contrato hoje. A ideia é rodar, validar esse modelo, e tomar a decisão, talvez em 36 meses, de montar a nuvem de governo”, explica, referindo-se ao prazo inicial da contratação, que pode ser esticada até completar 60 meses.

Aos potenciais interessados no pregão, o governo lembrou que manteve a exigência de armazenamento de dados no Brasil, em estrita observação da Norma Complementar 14 do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações, parte do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência.

Como resultado de tratativas com o próprio GSI e o TCU, o termo de referência passou a exigir certificados de segurança (ISOs 27017 e 27018) e documentos comprobatórios de controle relacionados à privacidade. “Todo o risco da nuvem sempre gira em torno de segurança, então entendemos que não podemos abrir mão desse mínimo arcabouço de segurança para as estruturas”, pontua a coordenadora Flaviana Azevedo.

 

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