SAS: IA generativa vai movimentar o Brasil em 2024
O SAS quer mostrar aos clientes que a Inteligência Artificial generativa vai aprimorar as soluções já usadas. Já para os não clientes, o momento será de enfatizar que a IA generativa muda a forma de trabalhar os dados, observa o country manager do SAS, André Novo. “IA generativa é um processo de evolução. No nosso caso, enriquecemos o que já temos com a tecnologia. A IA generativa é mais um ingrediente para simplificar o uso do dado”, detalha.
Sobre os lançamentos do SAS para 2024 em IA generativa, antecipados nesta terça-feira, 24/10, no SAS Innovate Tour São Paulo, André Novo mostrou entusiasmo com o gerador de dados sintéticos no-CODE, definido como uma conquista do programador. “Quem já programou sabe que criar uma base para testar um modelo estatístico para simular uma base real é complicado, tem viés, etc. Mas ter essa base com dados sintéticos e sem ferir a LGPD é algo sensacional”, detalha.
Novo admite que o SAS foi cauteloso ao abordar e usar a IA generativa, mas nunca deixou de investir no uso da tecnologia. “Tanto que estamos incorporando a tecnologia às nas nossas soluções e isso revela que houve muito trabalho nos últimos meses”. 2024, adiciona o executivo, será um ano para o mostrar ao mercado como a IA generativa vai aprimorar o uso dos dados, indo muito além do simples uso do ChatGPT e afins.
Posição corroborada pela Líder de Estratégia do SAS para Inteligência Artificial, Marinela Profi, que veio ao Brasil para participar do SAS Innovate. Ela foi taxativa: o SAS não terá uma IA generativa para chamar de sua, mas aposta em dados sintéticos, esses, sim, considerados estratégicos. “Seremos agnósticos na IA como somos na computação em nuvem”, decretou. A executivo detalhou que a aposta do SAS em IA acontecerá em três vertentes: dados sintéticos, gêmeos digitais e modelos de linguagem integrados às ferramentas da empresa.
Indagado sobre o IPO do SAS, o country manager do SAS no Brasil, André Novo, disse que os clientes no país não revelam preocupação com relação à possível mudança estratégica da companhia. “Ao contrário, sabem que o IPO é para consolidar e construir o futuro”.
O processo, detalha, está em andamento e deverá ficar pronto em 2024, mas não se sabe se a abertura de capital acontecerá ou não no ano que vem. “Quem vai determinar será o mercado. Nós queremos maximizar o nosso valor. Nós estamos trabalhando para estarmos prontos no ano que vem, mas o IPO é para pensar no futuro. O SAS não precisa de dinheiro. É uma empresa financeiramente bem”, reforçou André Novo.
Este ano, o governo – federal e estadual – tem sido uma vertical que cresce o uso das soluções do SAS especialmente na prevenção a fraudes. André Novo diz que o SAS fechou o terceiro trimestre com crescimento na parte de novas vendas de software e também na receita. “A modernização é um caminho sem volta no segmento público. Usar os dados da melhor maneira é questão de sobrevivência. IA generativa só vai nos ajudar a movimentar mais ainda o mercado em 2024”, finaliza o executivo.