
Os analistas de tecnologia da informação federais fizeram nesta segunda,7/4, uma manifestação em frente ao Ministério da Gestão para pressionar por negociações sobre a carreira.
O protesto, que reuniu cerca de 150 servidores, busca negociar novos salários tendo como argumento que o nível atual prejudica a contratação e renovação da força de trabalho federal, diante do quadro de desistências do recente Enem dos Concursos.
Não por menos, a pauta dos ATIs visa a aprovação da emenda 311 apresentada à Medida Provisória 1286/24, que trata de outras carreiras, e prevê um reajuste médio de 80% na remuneração dos ATIs firmada pela Lei 14.875/24.
Essa Lei materializou a mais negociação feita durante 2023 e o Ministério da Gestão sustenta que foi a primeira vez que a categoria foi beneficiada em mais de seis anos.
Os ATIs reclamam que o piso seguiu baixo em comparação com o mercado e por isso pleiteiam a mudança na MP 1286/24, de forma que salário inicial passe dos atuais R$ 11,1 mil para R$ 19,9 mil, enquanto o topo passaria de R$ 19,8 mil para R$ 32,6 mil.
“O recente Concurso Público Nacional Unificado mostrou essa dificuldade. Já são quase 100 desistências para o curso de formação e nossa estimativa é de que esse número ainda vai crescer”, diz o presidente da Associação Nacional dos Analistas de TI, Luiz Alexandre Silva.
A categoria também se vale de alegações do próprio governo em resposta à auditoria do Tribunal de Contas da União, de que faltam braços para a modernização dos serviços públicos digitais.
A entidade já prepara um novo protesto da categoria para 14 de abril, desta vez em frente ao Palácio do Planalto. “Nossa esperança é que o presidente Lula nos receba e nos escute”, afirma o presidente da ANATI.