
A Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação com divulgou um levantamento que aponta uma taxa de evasão superior a 50% entre os servidores e cerca de 72% de desistências no Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) entre os cargos dos ATIs.
De acordo com a entidade, das 300 vagas oferecidas no Enem dos Concursos, apenas 215 candidatos efetivaram a matrícula no curso de formação, enquanto 215 desistiram ao longo do processo. O Ministério da Gestão não confirma os números e diz que os dados ainda estão sendo consolidados.
A ANATI alega falta de atratividade da carreira como motivo das desistências. A Associação alega que os ATIs federais recebem “remunerações entre 24% e 170% inferiores às do mercado privado e outros setores públicos”.
A entidade defende a aprovação da Emenda nº 316, apresentada à Medida Provisória nº 1286/24, que propõe ajustes estruturais para a carreira de ATI e quer a reabertura da Mesa de Negociação com o governo.
A MP trata de outras carreiras e a emenda que beneficia os ATIs prevê um reajuste médio de 80% nos valores adotados pela Lei 14.875/24. O salário inicial sairia de R$ 11,1 mil para R$ 19,9 mil, enquanto o de fim de carreira passaria de R$ 19,8 mil para R$ 32,6 mil.