Anatel aprova uso da faixa de 6 GHz para não licenciado e Brasil se abre para Wi-Fi 6E

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou na quinta, 25/2, a revisão dos requisitos técnicos para equipamentos que operam na faixa de 5.925 MHz a 7.125 MHz, genericamente chamada de faixa de 6 GHz. Passou em definitivo a decisão de uso não licenciado em todo o naco de 5,925 GHz a 7,125 GHz, o que viabiliza o aproveitamento desse espectro para aplicações como W-iFi, notadamente a versão mais atual, Wi-Fi 6E. 

Como ressaltou o relator dessa versão final do processo, Carlos Baigorri, essa decisão “vai possibilitar o Wi-Fi 6E em todo seu potencial. Nos alinhamos a requisitos técnicos mundiais para que o Brasil aproveite do estado da arte do uso dessa faixa”.

A nova geração do Wi-Fi é mais eficiente e capaz de atingir velocidades de transmissão próximas a 10 Gbps, usa fatias mais largas de banda e capacidade mais avançada para a conexão de vários dispositivos simultaneamente. Uma análise da consultoria Telecom Advisory Services indica que o uso de toda a faixa de 6 GHz para o WiFi 6E deverá gerar US$ 163,36 bilhões até 2030 no Brasil. 

A única mudança foi endereçar uma preocupação da indústria automobilística quanto a uma possível interferência no ITS, sigla em inglês para sistema de transporte inteligente. A conclusão é que a definição prevista, com limite de emissão em -27 dbm/mhz, é adequada. A novidade foi alertar a área técnica para acompanhar o impacto efetivo – a Superintendência de Outorga e Fiscalização deverá reavaliar o limite de emissões espúrias do VLP [dispositivos de potência muito baixa] em um prazo de seis meses, após a liberação da faixa.


Assista à apresentação do conselheiro relator Carlos Baigorri:

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