Blockchain não vai matar os cartórios no Brasil
Um dos temas mais debatidos quando o assunto é o poder do blockchain em substituir processos, entidades ou empresas é o fim dos cartórios. Em painel durante o Futurecom 2018, nesta quinta-feira, 18/10, Carl Amorim, representante no Brasil do Blockchain Research Institute, defendeu que os cartórios devem, sim, seguir existindo. De acordo com ele, o blockchain obriga a repensar os intermediários, mas decretar o fim dos cartórios é “bobagem”.
“Como vamos dar fé pública? Dar o reconhecimento?”, questionou o especialista. “Acho que a sociedade, hoje, não tem a mentalidade distribuída. Vamos precisar desenvolver alguns mecanismos para garantir que determinada pessoa é aquela pessoa, que mora no endereço que fala. O cartório seria a melhor opção para fazer a entrada dos documentos. Acabar com o cartório porque se tem raiva do processo cartorário é bobagem”, explicou.
Para Amorim, blockchain é uma revolução do modelo de negócios, na forma como as empresas se organizam. “Ele permite que se tenha fluxo de ativos. Quando entendermos o impacto disto, vamos ter de repensar [diversos modelo de negócios], como, por exemplo, emitir diploma sem universidade, como financiar e registrar imóvel.”