Caixa: Calamidade no RS exigiu IA e biometria nos programas sociais
Em uma Febraban Tech 2024 em que a inteligência artificial é o cerne dos debates, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, apresentou como a tecnologia resolve novos problemas. Segundo ele, graças a uma combinação de IA, dados públicos e biometria, foi possível garantir atendimento a milhões de gaúchos que perderam até a própria documentação nas enchentes.
“Tinha uma equação complexa no Rio Grande do Sul, de como disponibilizar serviços com natureza de programas governamentais para cidadãos que tiveram seus documentos totalmente extraviados”, ressaltou o executivo ao abrir o primeiro painel do evento nesta terça, 25/6, em São Paulo.
“Fomos em busca de instrumentos de inteligência artificial que pudessem legitimar a cidadã e o cidadão que teriam acesso a esses serviços. Fomos em várias bases buscar essas confirmações, de forma a disponibilizar 3,291 milhões de atendimentos, sem fila, com a agregação da biometria. É um caso clássico de uso da IA para benefício da sociedade”, afirmou Vieira, em entrevista à Convergência Digital.
Ele lembrou que bancos públicos têm dificuldades específicas em relação à adoção das novas tecnologias e, especialmente, de contar rapidamente com pessoal qualificado. Mas ressaltou que novas ferramentas também colaboram com esse cenário. “A Caixa, que não tinha suas jornadas no conceito 24 por 7, hoje tem várias operações dessa forma em função exatamente da inteligência artificial.”
O trabalho interno, disse, é identificar novos talentos. “Os bancos públicos têm a questão adicional da jornada do trabalhador. A grande equação é como transformar o mindset dessas pessoas para se agregarem ao processo transformador. Essa é uma dificuldade adicional, mas que estamos conseguindo superar com metodologias ágeis para captar e capturar esses colegas para fazerem parte dessa jornada.”
Assista à entrevista com o presidente da Caixa.