Compras governamentais: termos de referência de cibersegurança são mal escritos
Compra governamental já é complexa e compra para a área de segurança é ainda mais, observa o professor da FGV/SP, Wilson Lauria. Segundo ele, a nova Lei de Licitações, a 14133, é uma melhoria em relação a 8666, mas ela avança com muita lentidão e benefícios da legislação, como o diálogo competitivo, não conseguem sair da teoria e serem aplicados na prática dos certames.
“O processo de compra pública é lento porque envolve dinheiro público, mas se houver planejamento é possível acelerar. Essas compras não são de oportunidade. Elas têm de ser planejadas e respeitar o plano diretor de TI, que todo órgão tem”, observa Lauria, em entrevista à CDTV, do portal Convergência Digital, durante a 2ª edição do CyberGov, realizado pela Network Eventos, em Brasília.
Lauria faz uma dura crítica a quem realiza os processos de compra. Segundo ele, os termos de referência são mal redigidos e, em muitos casos, não se entende o objeto da contratação. “Isso significa que é preciso treinar e capacitar mais”, diz. Assista a entrevista com Wilson Lauria.