Governo

Coronavírus: Ciência, Internet e Telecom não são prioridades do governo Bolsonaro

O presidente da República, Jair Bolsonaro, realizou coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 18/03, com a presença de ministros de Estado sobre o coronavírus. Participaram do evento, que ocorreu no Salão Oeste do Palácio do Planalto, em Brasília (DF), os ministros da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, da Economia, Paulo Guedes, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, entre outros.

Mas uma ausência se fez notar: a do Ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, a quem está traçada a diretriz da Internet e das telecomunicações no Brasil e, principalmente, do desenvolvimento da Ciência e da Tecnologia no Brasil.

A Ciência tem tido papel relevante para o combate a pandemia mundial do Covid-19. No Brasil, não é diferente. Cientistas do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor), da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), por exemplo, desenvolvem uma vacina contra o Sars-CoV-2, variedade do coronavírus que provoca síndrome respiratória aguda grave.

O diretor do laboratório e coordenador do projeto, Jorge Kalil, admite que a vacina não deverá ficar pronta logo, uma vez que o processo envolve rigorosos testes de segurança. A equipe do laboratório do Incor ainda realizará testes em camundongos para comprovar a eficácia da vacina. Em seguida, buscará firmar colaborações com outras instituições de pesquisa para finalizar o desenvolvimento da substância e produzir uma candidata a vacina contra Covid-19.

Do ponto de vista prático para assegurar o confinamento das pessoas e evitar a proliferação do vírus, há o incentivo ao teletrabalho. A medida está aumentando a demanda por mais acesso à Internet e aos serviços de telecomunicações. O Home office se tornou a melhor alternativa para tentar manter o ritmo de trabalho nesse período.


O próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, na coletiva de imprensa, antecipou que o seu ministério vai usar um sistema de teleatendimento para a população para responder dúvidas e dar orientações sobre o novo coronavírus (Covid-19). Isso só é possível com uma infraestrutura de telecomunicações capaz de suportar a aplicação.

“Deveremos ter uma ferramenta inovadora para que o brasileiro receba chamada e, ao manifestar o risco, o sistema manter o paciente monitorado. Além disso, empregaremos telemedicina de médico para médico”, anunciou Mandetta. Atualmente, o ministério tem um mecanismo de fornecimento de informações pelo número 136. O ministro, contudo, não adiantou como o sistema de teleatendimento funcionará, o que deverá ser detalhado até o fim desta semana.

O Senado Federal, por sua vez, adotou o Sistema de Deliberação Remota (SDR). Com isso, senadores poderão discutir e votar matérias a distância, com o uso de uma plataforma de comunicação móvel conectados à internet. Os senadores utilizarão um computador ou smartphone para participar das sessões. A expectativa da Mesa Diretora é começar aplicar a sessão remota a partir da próxima semana. Ainda não há data estipulada para o retorno das sessões presenciais.

*Com informações da Agência Brasil

Botão Voltar ao topo