Data Center do Metrô de Porto Alegre anda de barco e avião para ser religado em Brasília
O metrô de Porto Alegre, gerido pela Trensurb, que é uma empresa federal, transferiu fisicamente seu data center para Brasília, onde foi conectado ao data center do Serpro para continuar funcionado, por conta dos alagamentos na capital gaúcha.
“Um conjunto de máquinas foi retirado de um datacenter que estava alagado, transportado via barco e um avião da FAB trouxe para o Serpro, onde conectamos os equipamentos em nosso data center, para que serviços fossem mantidos funcionando”, diz o diretor de operações do Serpro, Leandro Garcia.
O Trensurb conecta Porto Alegre a outras cinco cidades da região metropolitana e foi bastante atingido pela chuva, que além de alagamentos em estações e trilhos, também afetou o data center da empresa gestora.
“Essa operação só foi possível através de muito trabalho das equipes. Os equipamentos foram conectados no nosso datacenter, de maneira segregada do resto do ambiente, e está rodando aqui neste momento”, explica o diretor do Serpro.
A estatal federal de TI também socorreu outras empresas por conta da calamidade no Sul. Um acordo com a empresa municipal de processamento de dados de Porto Alegre, Procempa, permitiu fazer a redundância de um dos dois data centers, também atingido pela chuva – o outro segue funcionando normalmente.
“A empresa municipal de tecnologia acabou migrando um conjunto de workloads que rodavam por lá para rodar aqui dentro do Serpro. E os serviços estão funcionando e ativos através do datacenter do Serpro e não mais do data center em Porto Alegre que não tem condições de funcionar neste momento”, disse Garcia.
Também foram para a estatal federal cargas da empresa de processamento de dados de Canoas, cidade na região metropolitana de Porto Alegre que é uma das mais atingidas pela enchente.
“Também estamos dando suporte para a Canoastec, que presta serviços importantes para o cidadão. É no município de Canoas mas foi expandido para o Rio Grande do Sul como um todo e eles não tinham capacidade de datacenter de fazer por lá e está vindo para fazermos por aqui”, completa o diretor de operações do Serpro.