De cada 10 brasileiros, oito têm celular pessoal
Números da PNAD Contínua do IBGE sobre tecnologia mostram que o uso do celular continua em crescimento no Brasil. Segundo a pesquisa, entre 2018 e 2019 o percentual de pessoas que tinham telefone móvel para uso pessoal na população com idade de 10 anos ou mais subiu de 79,3% para 81,0%.
Os menores percentuais ocorreram nas Regiões Norte (69,7%) e Nordeste (72,4%). Nas demais os percentuais variavam de 85,7% a 87,3%. Já em relação ao sexo, 82,5% das mulheres e 79,3% dos homens tinham celular para uso pessoal.
Entre os que tinham celular para uso pessoal, a parcela que tinha acesso à internet por meio deste aparelho aumentou de 88,5% para 91,0% entre 2018 e 2019. Na área rural esse percentual cresceu de 73,4% para 79,0%, menor que o da área urbana, que aumentou de 90,2% para 92,3%.
O percentual era maior entre não estudantes (82,9%) do que entre estudantes (73,2%). Contudo, enquanto 92,6% dos estudantes da rede privada tinham celular para uso pessoal, este percentual era de apenas 64,8% entre aqueles da rede pública. A maior diferença (41,8 p.p.) a mais para os da rede privada ocorreu na Região Norte, devido ao baixo percentual de estudantes da rede pública com posse de celular (47,5%).
Do total de estudantes que tinham telefone móvel para uso pessoal, um contingente de 26,3 milhões de pessoas, a parcela que tinha acesso à internet neste aparelho era de 97,8%, acima da parcela estimada para o total da população de 10 anos ou mais de idade (91,0%). Ainda que os estudantes da rede privada tenham mais acesso ao celular para uso pessoal, a existência de internet neste celular não se difere muito por rede de ensino.
O menor percentual de pessoa com celular para uso pessoal foi no grupo de 10 a 13 anos (47,2%), subiu abruptamente no de 14 a 19 anos (78,5%) e prosseguiu em ascensão, alcançando as maiores participações nos grupos dos adultos jovens de 25 a 39 anos (cerca de 91,0%), e declinando gradualmente até o dos adultos de meia-idade de 50 a 59 anos (84,7%), com queda acentuada no dos idosos de 60 anos ou mais (67,0%). Houve crescimento do percentual de pessoas com celular para uso pessoal em todos os grupos, com destaque para jovens entre 10 e 13 anos (3,7 p.p.) e idosos de 60 anos ou mais (2,9 p.p.).
TV Paga
Em 2019, 30,4% dos domicílios com televisão no país tinha acesso a serviço de televisão por assinatura, proporção que era de 32,4% em área urbana e de 15,9% em área rural. O percentual em área urbana se reduziu de 34,3% para 32,4%, entre 2018 e 2019, e passou de 14,9% para 15,9% em área rural. A região Sudeste manteve o maior percentual (38,9%), enquanto a Região Nordeste permaneceu com o menor (16,7%).
O rendimento médio per capita dos domicílios com TV por assinatura (R$ 2.425) superou em muito o daqueles sem este serviço (R$ 993). Em 2019, esse rendimento nos domicílios com antena parabólica (R$ 1.002) representava 41,3% daquele nos domicílios com acesso a serviço de televisão por assinatura (R$ 2.425).
Entre os motivos informados para não adquirir o serviço de TV por assinatura, 51,5% não o adquiriam por considerá-lo caro e 41,6% por não haver interesse pelo serviço. O percentual dos domicílios que não tinham TV por assinatura porque substituíam este serviço pela programação via internet chegou a 4,9%, enquanto os que não o tinham por não estar disponível na área em que se localizava o domicílio, somente 1,4%.