Fazenda diz que desoneração da folha custa R$ 12 bilhões ao governo
A estimativa de impacto da desoneração da folha de pagamentos, estendida até 2027, nas contas do governo federal é de R$ 12 bilhões. De acordo com o ministro Fernando Haddad, o cálculo inclui R$ 16 bilhões do Perse – Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos e mais R$ 4 bilhões dos descontos aos municípios. O total é de R$ 32 bilhões.
A MP 1202, que reestabelece a reoneração da folha, provocouo uma reação forte do Congresso Nacional, que tinha derrubado o veto do presidente Lula à desoneração da folha. E na prática, agora, tira o sono do ministro Fernando Haddad.
Nesta quarta-feira, 17/01, Haddad se reuniu com o presidente Lula. O impasse com o Congresso Nacional desagradou muito e se tenta chegar a um acordo o quanto antes. O temor é que a MP 1202, sem acordo, possa, de fato, ser devolvida ao Poder Executivo pelo presidente do Congresso Nacional. Rodrigo Pacheco já sinalizou que não tem essa intenção, mas deixou claro que a MP 1202, como está, tem tudo para ser derrubada na volta do recesso parlamentar.
Os bastidores de Brasília dão conta que Haddad, aceitou estudar um novo formato para viabilizar a reoneração da folha de pagamentos, mas não cogita recuar do plano do governo de retomar a cobrança de impostos sobre a contratação de funcionários em setores hoje beneficiados pela desoneração. Mas o ministro da Fazenda, pressionado, teria aceitado fatiar ou mesmo substituir a medida provisória 1202, especialmente, na parte ligada a reoneração da folha.
*Com agências de notícias