O governo federal anunciou uma nova linha de crédito de R$ 12 bilhões para financiar a modernização do parque fabril brasileiro com tecnologias da Indústria 4.0. Os recursos serão operados pelo BNDES e pela Finep e contemplam investimentos em inteligência artificial, computação em nuvem, robótica, internet das coisas (IoT), comunicação máquina a máquina e sensoriamento avançado.
O programa foi lançado em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, além dos presidentes do BNDES, Aloizio Mercadante, e da Finep, Luiz Antonio Elias.
A maior parte dos recursos, R$ 10 bilhões, será disponibilizada pelo BNDES por meio da linha Crédito Indústria 4.0, que faz parte do eixo de inovação e digitalização do Plano Mais Produção, integrante da Nova Indústria Brasil. Os financiamentos poderão atender desde micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) até grandes grupos, com projetos que variam de R$ 50 milhões a R$ 300 milhões.
A Finep complementará a iniciativa com R$ 2 bilhões, voltados exclusivamente a empresas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, reforçando a estratégia de reduzir desigualdades regionais no acesso à modernização tecnológica.
As operações terão taxas reduzidas, baseadas na combinação entre a Taxa Referencial (TR) e custos de mercado, com custo máximo de 8,5% ao ano. Segundo o governo, esse modelo pode reduzir em média 6% das taxas de financiamento hoje pagas pelas MPMEs.
O incentivo busca enfrentar a defasagem tecnológica do parque industrial brasileiro. Estudo citado pelo governo aponta que 38% das máquinas utilizadas pela indústria estão próximas ou além do ciclo de vida ideal estabelecido pelos fabricantes, com idade média de 14 anos. E que essa obsolescência eleva custos de manutenção e energia, além de reduzir a competitividade internacional
