As Polícias Civis dos 26 estados e do Distrito Federal começaram a receber desde a quarta-feira, 13/8, um kit de equipamentos e software que extrai dados de fontes digitais, em um investimento de R$ 36,9 milhões, com a promessa de modernizar e integrar as investigações contra o crime organizado no país.
Cada unidade da Federação receberá um kit composto por uma licença do software israelense Cellebrite — que utiliza inteligência artificial para analisar dados digitais de múltiplas fontes —, um dispositivo de armazenamento de alta capacidade e quatro estações de trabalho completas, que precisam ser instaladas em salas exclusivas nas sedes das corporações. O investimento por estado é de R$ 1,36 milhão.
A distribuição faz parte do Projeto Integra, do Ministério da Justiça, e será feita de forma escalonada, conforme a ordem de adesão ao programa e conclusão da capacitação exigida para uso das ferramentas. O acordo prevê ainda que os equipamentos poderão ser doados definitivamente aos estados ao fim de sua vigência.
Segundo o MJ, o conjunto tecnológico permitirá que as polícias façam desbloqueio, extração, análise e armazenamento de dados de smartphones e computadores. “As soluções disponibilizadas serão utilizadas prioritariamente em investigações voltadas ao enfrentamento do crime organizado, mediante prévia autorização judicial”, explica o secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo.
Instituído pela Portaria nº 615/2025 e vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Enfoc), o projeto é coordenado pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Senasp e inclui também capacitação contínua e suporte técnico às equipes estaduais.
- Com informações do Ministério da Justiça
