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Governo e empresários se unem para tentar adiar entrada do tarifaço de 50% no dia 01 de agosto

Geraldo Alckmin, no entanto, disse que a separação dos Poderes é 'pedra fundamantal'.

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, adiantou nesta terça-feira, 15/7, que o governo Lula (PT) vai trabalhar com empresários para ouvir sugestões e rever a tarifa de 50% anunciada pelos Estados Unidos ao Brasil na semana passada. Uma das propostas é pedir um adiamento do prazo para o início da cobrança tarifária, prevista para 01 de agosto.

“Queremos resolver o problema, o mais rápido possível. Se houver necessidade de mais prazo, vamos trabalhar nesse sentido”, afirmou Alckmin. O prazo curto, segundo ele, foi uma das principais questões levadas no encontro. O vice-presidente disse que o setor produtivo afirmou que fará o esforço para conversar com empresas americanas.

“Os setores vão trabalhar junto aos parceiros americanos”, classificou. “Isso repercute também nos Estados Unidos, podendo encarecer produtos e a economia americana”, comentou. Em sua avaliação, no entanto, a tarifa de 50% também abre espaço para mais acordos comerciais. Mas Alckmin também foi taxativo: Apesar do esforço em torno da negociação, Alckmin pontuou ser importante diferenciar questões de natureza jurídica e disse que a separação dos Poderes é “pedra fundamental”.

O ministro do MDIC voltou a lembrar que, de janeiro a junho, as exportações do Brasil para os EUA aumentaram 4,37%; já dos Estados para o Brasil, aumentaram 11,48%. “É recorde a exportação dos Estados Unidos para o Brasil, quase 3 vezes mais que a nossa”, citou. Nesta terça-feira, 15, o presidente Lula regulamentou a lei de reciprocidade econômica.

A norma autoriza o governo brasileiro a suspender concessões comerciais, de investimentos e de obrigações a países que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global. O decreto cria o Comitê Interministerial de Negociação e Contramedidas Econômicas e Comerciais. Esse comitê será o responsável por decidir sobre a aplicação das providências comerciais em resposta às medidas unilaterais de outros países.


*Com agências de notícias

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