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Governo encerra programa Ciência sem Fronteiras

Suspenso, na prática, desde a deposição de Dilma Rousseff, o programa Ciência sem Fronteiras está formalmente eliminado. O Ministério da Educação sustenta que o programa é muito caro e, por isso, não haverá a abertura de novos editais de seleção de estudantes. 

Criado em 2011, o programa financiava bolsas para alunos de graduação estudarem em universidades fora do Brasil. Segundo justificou o MEC em nota sobre o fim do programa, em 2015 o aporte foi de R$ 3,7 bilhões, valor que a pasta considerou excessivo. 

“O MEC chegou à conclusão de que era alto o custo para manter os alunos estudando fora do país”, diz o comunicado, que sustenta a avaliação por se tratar de valor equivalente ao investido na merenda escolar de 39 milhões de alunos da educação básica. 

Nas contas da Capes, o programa chegou a financiar 101 mil bolsas: 64 mil bolsas para graduação sanduíche, 15 mil bolsas de doutorado sanduíche, 4,5 mil bolsas de doutorado pleno, 6,4 mil bolsas de pós-doutorado e 7 bolsas para treinamento de especialistas. 

Segundo ainda o MEC, será retomado o sistema em que haverá bolsas de estudo apenas para alunos de pós graduação, calculando que em 2017 elas somarão 5 mil bolsas em mestrado, doutorado, pós-doutorado e atração de jovens cientistas. “O CsF para graduação encerrou com o último edital de 2014, no Governo Dilma. Há bolsistas remanescentes deste edital no exterior e visitantes no Brasil. O número chega a 4 mil”, diz o MEC.


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